Jucey Santana
Raimundo
Nogueira da Cruz e Castro nasceu no Engenho Outeiro região de Itapecuru Mirim. O pai foi agricultor abastado e político da
região da Ribeira do Itapecuru, tendo falecido em 23 de março de 1887 exercendo
o mandato de deputado provincial.
Seguindo
os passos do pai, Raymundo Nogueira da Cruz e Castro foi influente político de Itapecuru Mirim e
dono de uma inteligência ímpar associada
ao grande poder de liderança que
possibilitou sua inclusão no cenário maranhense, chegando a ter grande atuação
na vida pública do Estado.
Oficial
da Guarda Nacional, proprietário do Engenho Outeiro e próspero criador de gado
bovino por ocasião da elevação da Vila
de Itapecuru Mirim ao status de cidade em 21 de julho de 1870, o coronel foi
nomeado pelo governo do Estado José da
Silva Maia ao cargo de Comandante
Superior da Guarda Nacional da comarca de Itapecuru Mirim e Anajatuba.
Também
foi juiz de paz, juiz de Órfãos e Ausentes, delegado de polícia e vereador em
várias legislaturas, desde 1864, defendendo o Partido Conservador, dominante na
época.
Em
21 de março de 1874 pelo decreto nº 5573 foi designado pela segunda vez,
Comandante Superior da Guarda Nacional
da Comarca de Itapecuru Mirim.
Em
1884 foi eleito presidente da Câmara de Itapecuru Mirim que foi reconduzido
ainda para o cargo em dois mandatos. Em 1869 foi eleito deputado provincial
para o biênio 1880/1881.
Depois
da proclamação da República o coronel Nogueira da Cruz assumiu a chefia do
partido Republicano em Itapecuru Mirim. Elegeu-se em três mandatos para Deputado
Estadual e chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa.
Em
30 de junho de 1871 faleceu sua filha Maria Nogueira da Cruz, na fazenda
Outeiro e pelo estado de prostração que se encontrava o coronel Nogueira da
Cruz e sua esposa todo o serviço fúnebre ficou a cargo do vigário Francisco
José Cabral, seu compadre e dos amigos, comendador João Ribeiro de Moura (pai
de Hastímphilo de Moura), o alferes Boaventura Catão Bandeira de Melo
(político) e Francisco Sitaro (político).
Foi
padrinho da poetisa Mariana Luz em
batizado realizado em 25 de dezembro de 1871 na igreja Nossa Senhora do Rosário
que servia de Paróquia de Nossa Senhora das Dores em Itapecuru Mirim.
Colaborou
com o do jornal Publicador Maranhense,
enviando crônicas e notícias de Itapecuru Mirim.
Eleito
3º vice-governador na gestão de Manoel Lopes da Cunha, tendo assumido o governo
por três pequenos períodos, o maior tempo que ficou à frente do palácio dos
Leões foi de 16 de novembro de 1904 a 23 de fevereiro de 1905, quando se
retirou ainda no cargo de vice-governador por motivo de doença. Recolheu-se à sua cidade até seu falecimento.
O Coronel
Raymundo Nogueira da Cruz e Castro retira-se para Itapecuru Mirim onde reside e
agradece cordialmente a todas as pessoas que honraram com suas visitas, pedindo
desculpas que por motivo de moléstia não cumprir pessoalmente com esse dever,
pondo disposição de todos os seus serviços naquela localidade. (Diário do Maranhão, 24.2.1905).
Da enfermidade adquirida na constância
do cargo de vice- governador, veio a óbito em
10 de junho de 1908 em sua fazenda no Outeiro dos Nogueiras em Itapecuru
Mirim.
A Academia Itapecuruense de Ciências
Letras e Artes reconhecendo-lhe os méritos o escolheu para patronear a cadeira
número 11 dos Membros Correspondentes.
Em 18 de maio de 2017 a sua foto foi
inaugurada na Galeria da Câmara Municipal de Itapecuru Mirim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário