Paulo Figueiredo
Tem
um papelão?
Preciso
dele
Pra
que precisas?
Estender
meu corpo
É
o meu colchão
E
tua casa?
Com
sorriso aberto
Eu
moro perto
Aqui
na rua em qualquer lugar
É
o meu contento
E
o teu jantar?
Jantar
não há
A
noite é fria
Barriga
vazia
Não
há lamento
É
o meu contento
E
o teu café ao amanhecer?
De
onde pão
Se
o meu colchão é um papelão
Tua
família?
Não
tenho não
Eu
vim ao mundo
Por
emoção de quem me fez, e agora?
Está
feito
E
não reclamas?
Pra
que, ninguém me ouve
Nem
quer saber é bem melhor pra que saber
Não
ter razão
E
não saber
Porque
então nos dá a mão...
Do
livro, Meu Estar, de autoria do poeta itapecuruense, Paulo Henrique
Figueiredo
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