Um
extraordinário resgate do que temos de mais atual, de forma concisa e bem
delineada, sobre o sentimento indígena já tratado entre nós. O erudito e
silencioso pesquisador Profº Dr. Joseh Carlos Araújo foi longe, usou a
perspicácia de quem possui domínio no olhar e sabedoria de agir.
No início do
encontro das culturas francesa e indígena teve-se logo uma visão bipartida: os
nativos chamavam o local habitado de Upaon-açu
ao passo que os gauleses o denominaram Maragnan.
Imediatamente percebemos um marco diferencial; subentende-se que os olhares
provocaram novas descobertas. O francês admira o indígena e vice-versa.
O conceito de
espanto que a filosofia grega causou ao sábio, entre os nativos e franco-lusos
provocou não só admiração, mas exploração e interesses outrem. A proposta de
leitura, embora com linguagem acessível ao leitor comum, exigirá certo
conhecimento dos elementos culturais da formação do maranhense, visto que a
matéria trabalhada compreende a reconstrução da história do indígena sob um
novo olhar.
Tudo leva a
acreditar que deve pulsar mais forte no sangue do autor maranhense traços de
herança biológica tupinambá, tamanha façanha e várias pistas para novas
pesquisas em torno do elemento indígena.
Enfim, a
presente obra traz à luz a formação da consciência histórica de um povo que
somente o escritor tão bem soube se valer, por possuir um cabedal científico
elevado ao traduzir em poucas páginas aquilo que já o consagrou no cenário de
um dos melhores de nossa terra tupinambá
– uma mistura de genialidade e sentimento originário.
Prof. Dr. Raimundo
Gomes Meireles
IHGM,
SBC, ALL e AICLA
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