Astor Raposo
Via-te sempre no meu
quarto voando,
Como a fugir das fúrias
hibernais,
Jamais saber buscara, sim
jamais,
Se era o destino teu
nobre ou nefando.
Contra ti revoltavam os
meus pais,
Eu era criança. E assim
tudo ignorando,
Como podia compreender, e
quando,
A causa mater, de repulsas tais?
Hoje, porém, morcego
desgraçado!
Após de muito haver em ti
pensado
É que esta ideia sobre ti
me veio:
Em teu voejar inquieto e
impaciente,
Encarnas o papel de muita
gente
Que vive de sugar o
sangue alheio.
Astor Raposo – o pseudônimo
do professor e poeta Astor Cruz Serra
patrono da cadeira nº 9 da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes -
AICLA
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