sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A PRESIDÊNCIA DA ACADEMIA MARANHENSE DE LETRAS



    


Benedito Buzar

Ingressei na Academia Maranhense de Letras a convite do então presidente Jomar Moraes, para ocupar a Cadeira 13, vaga com o falecimento do inesquecível amigo e professor Fernando Eugênio dos Reis Perdigão, que ministrava a disciplina Economia Política, na antiga Faculdade de Direito, que funcionava na Rua do Sol.

A minha eleição ocorreu  a 2 de agosto de 1990. Participaram da eleição  37 acadêmicos. Oito dias após a eleição, ou seja, a 10 de agosto, em solenidade festiva, eu tomava posse, sendo recebido pelo jornalista Mílson Coutinho.

À época da minha eleição e posse, exercia o cargo de secretário da Cultura, na gestão do governador João Alberto de Sousa, colega de turma, no Liceu Maranhense, que ofereceu bela recepção no Palácio dos Leões aos amigos e convidados.

Três anos após ingressar na Casa de Antônio Lobo, pela minha ativa participação nas sessões e nas atividades acadêmicas, Jomar  passou a convocar-me a tomar parte nas diretorias que bienalmente dirigiam a AML, ora como secretário, ora como tesoureiro, cargos que ocupei com lisura e eficiência.

Nas eleições para o biênio 2010-2012, nas quais o acadêmico Mílson Coutinho elegeu-se presidente, figurei na chapa como vice-presidente.

Substituto eventual de Mílson, nas ocasiões em que ele, por motivo de saúde, não podia ocupar o cargo, eu o substituía, com lealdade e firmeza, até o dia em que decidiu renunciar definitivamente ao posto de presidente, por recomendação médica.

Com a vacância do cargo, em 17 de março de 2011, galguei a presidência da AML, e completei o mandato para o qual fui eleito, num dos momentos mais difíceis e complicados da instituição, que atravessava  enormes dificuldades financeiras.

Pela maneira como me conduzi à frente da AML, não deixando que a Casa sucumbisse diante de tantos problemas, os confrades acharam por bem  eleger-me presidente para o biênio 2012-2014, quando enfrentei as mesmas agruras e dissabores, mas consegui ultrapassá-las com determinação e coragem, fato que me levou à reeleição e a continuar na direção da Instituição, por insistência de meus companheiros, nos biênios de 2014 a 2016 e de 2016 a 2018, períodos em que a Academia Maranhense de Letras, viveu, modéstia a parte, momentos gloriosos, do ponto de vista acadêmico, sobretudo no último biênio, ao levá-la ao encontro da juventude maranhense e editar e reeditar 24 livros, graças ao projeto realizado em parceria com a Secretaria da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura.

Como não desejava perpetuar-me no comando da AML, tive a precaução de reiteradamente avisar aos confrades que este biênio era o último à frente da Instituição, razão pela qual os concitava a se apresentarem candidatos às eleições de novembro deste ano.

A princípio, dois valorosos confrades manifestaram a vontade de ocupar o posto de presidente, mas, por motivos particulares, acabaram desistindo. Resultado: diante dos apelos, recuei e, pela quinta vez, concordei ser indicado para dirigir a Casa de Antônio Lobo.

Para a AML não ficar acéfala e à deriva, curvei-me aos ditames dos confrades, que confiaram no meu modo de agir, sempre com lisura, e de  conduzir  com seriedade uma Instituição conceituada, prestigiada e respeitada pela sociedade maranhense.

Com esse sentimento e essa determinação, espero, mais uma vez,  com a ajuda dos companheiros da diretoria e a colaboração dos confrades, lutar para a Academia Maranhense de Letras não se apequenar diante das dificuldades, mas, ao contrário, agigantar-se e contribuir para o engrandecimento da cultura de nossa terra e de nossa gente


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