segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

DISCURSO COMO REPRESENTANTE DOS MEMBROS CORRESPONDENTES DA AICLA.



    

Posse em 10 de dezembro de  2017

 Maria de Fátima Travassos

Exma. Senhora. Presidente da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, Jucey Santos de Santana, na pessoa de quem saúdo todos os membros desta ilustre Academia.

É grande a alegria por estar aqui representando os acadêmicos correspondentes, membros de natureza honorária, eleitos por esta Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA, que tem por finalidade estimular a produção e difusão das manifestações culturais do município; manter intercâmbio de ideias com outros centros de atividades científicas, literárias e artísticas; e valorizar o desenvolvimento da ciência, da cultura, da língua e da literatura.

Quero aproveitar esta oportunidade para registrar os meus agradecimentos aos eminentes membros efetivos da AICLA, que, no dia 14 de outubro, próximo passado, durante a 40ª Assembleia Ordinária, realizada na Casa da Cultura Professor João Silveira, generosamente nos conduziram ao seu convívio, e delegaram-me, num segundo momento, a fala em nome de todos os membros correspondentes.

Integrar esta Casa na ocasião em que se comemoram os 146 anos de nascimento da patrona geral: Mariana Luz, acrescenta-nos a justificada honraria de nos haver tornado membros correspondentes desta Augusta Casa.

É o que me faz, com emoção, agradecer aos confrades e confreiras, o privilégio de celebrarmos a ciência, a literatura, as artes e a vida neste recanto acadêmico.

Cabe, aqui, uma referência especial aos novos membros correspondentes da AICLA e seus respectivos patronos: Dilercy Aragão Adler (Cadeira nº 2, patroneada por Blandina Santos); Neurivan Sousa (Cadeira nº 3, patroneada por Hermes Rangel); Felipe Camarão (Cadeira nº 4, patroneada por João Duarte Lisboa Serra); Mirella Cezar (Cadeira nº 5, patroneada por Alexandre Vale de Carvalho); Antônia Mota (Cadeira nº 7, patroneada por Lourenço Belfort); Nino Dourado (Cadeira nº 8, patroneada por Joaquim de Jesus Dourado); Francisco das Chagas Frazão (Cadeira nº 10, patroneada por Sebastião Pinto Costa); Álvaro Urubatan Melo (Cadeira nº 12, patroneada pelo Padre Benedito Chaves); Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro (Cadeira nº 14, patroneada por José Bento Neves); Cecília Cantanhede (Cadeira nº 15, patroneada por Teresinha Bandeira); Jânio Rocha (Cadeira nº 16, patroneada por José Gonçalves da Silva); João Batalha (Cadeira nº 17, patroneada por José Félix Pereira Burgos); João Carlos Pimentel (Cadeira nº 18, patroneada por Pedro Nunes Leal), Márcio Aleandro (Cadeira nº 19, patroneada por Fábio Carvalho Reis), José Neres (Cadeira nº 22, patroneada por Abdalla Buzar Neto); e Moisés Abílio (Cadeira nº 25, patroneada por Raimundo Nonato Cardoso), igualmente empossados nesta data.

Espero me desincumbir da nobre missão de representá-los, interpretando os sentimentos de amor e gratidão à AICLA e a esta terra que agora nos abraça.

Itapecuru Mirim, torrão de inúmeras personalidades ilustres no âmbito da política, da ciência e da cultura, da estirpe dos patronos Mariana Luz, José Ribamar Fiquene, Raimundo Nonato Buzar, Joaquim Gomes de Sousa, José Albino Campos Filho, João Francisco Lisboa, João da Cruz Silveira, e tantos outros homens e mulheres que muito fizeram por Itapecuru Mirim.
A AICLA está em festa, pois comemora hoje o aniversário de 146 anos de sua patrona geral, Mariana da Luz. Destaco a patrona nº 1 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, cuja Casa foi batizada “Casa de Mariana Luz”, a grande homenageada desta noite. Justa homenagem, pois Sianica, como era conhecida, teve grande relevância na promoção da literatura Itapecuruense em todo o Estado do Maranhão.

Mariana Gonçalves da Luz foi poetisa, professora, cronista, teatróloga e musicista.
Filha de João Francisco da Luz e de Fortunata Gonçalves da Luz, Mariana Luz nasceu em 10 de dezembro de 1871. Autodidata, fez seu primeiro poema aos 10 anos de idade e aos 11 anos começou a ensinar as primeiras letras aos filhos de vizinhos. Aos 13 anos, era uma artista plástica requisitada na sociedade pelos seus trabalhos artísticos e artesanais.

Mariana Luz viveu na vanguarda de seu tempo, não medindo esforços para impor seu trabalho. Para tanto, assumiu o pseudônimo “Hector Moret”, uma vez que a arte literária não era considerada como atividade apropriada à mulher da época.

Dedicou-se ao magistério por quase 80 anos, ajudando na educação de diversas gerações maranhenses. Fundou escolas e teatros. Ajudou na construção de igrejas. Participou de grêmios literários. Foi uma das figuras mais expressivas da literatura itapecuruense e maranhense do final do século XIX e meados do século XX.

Em 10 de maio de 1949 tomou posse na Academia Maranhense de Letras, sendo fundadora da cadeira número 32 e tendo por patrono o poeta Vespariano Ramos. Foi a segunda mulher a ter assento na instituição cultural.

Mariana Luz participou de associações literárias e publicou textos em diversos jornais e revistas do país, incluindo crônicas, peças teatrais, poemas e composições musicais.

Por muito tempo, a obra de Mariana Luz permaneceu na obscuridade por falta de condições financeiras da autora, que passou por muitas privações, inclusive na velhice. Somente aos 70 anos foi nomeada professora municipal. Até então, dava aulas em sua própria residência.
Faleceu em 14 de setembro de 1960, sem ter realizado o sonho de publicar os seus versos em livro. Seu livro Murmúrios foi publicado no mesmo ano, em uma iniciativa de jovens do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito e do Órbis Clube de São Luís, sendo reeditado em 1990 pelo ilustre acadêmico Benedito Buzar.

Em 2014, a nossa acadêmica, Presidente da AICLA, Jucey Santana, publicou o livro “Mariana Luz: vida e obra e coisa de Itapecuru Mirim”, destacando a sua importância no cenário literário da região.

Todos nós estamos de parabéns! E nos orgulhamos pela vida, pela luta e pela obra dessa grande mulher Mariana Luz, que esteve à frente de seu tempo, e trouxe para si a responsabilidade de ousar, sendo protagonista de sua própria história, em um tempo em que a mulher não era reconhecida como sujeito de direitos, e, sim, tão somente um ser inferior.
Parabéns à Itapecuru Mirim. Parabéns à AICLA. Parabéns à Mariana Luz. O seu lugar na eternidade ficou reservado a sua imortalidade.

Neste momento singular de minha vida, como cidadã Itapecuruense, peço vênia para passar a fazer referência ao meu patrono, da cadeira número 14, José Bento Nogueira Neves.

Filho do professor Newton de Carvalho Neves e Guilhermina Nogueira Neves, José Bento nasceu em 10 de setembro de 1927. Durante sua infância e juventude enfrentou desafios que exigiram de si a superação de seus próprios limites, a exemplo de uma cegueira que, aos 23 anos de idade, nunca o impediu de trabalhar como advogado, da qual se recuperou devido à sua disciplina e autoconfiança.

Aluno exemplar  formou-se em Direito e recebeu honras de primeiro aluno, sendo agraciado com o “Prêmio Caneta de Ouro”. Foi representante do grêmio cultural e membro fundador do “Centro Cultural Gonçalves Dias”.

No cenário público, ocupou cargos importantes no Poder Executivo como Secretário de Estado para Assuntos Políticos (Governo Cafeteira), e Secretário de Estado do Trabalho e Ação Social (Governo de João Castelo). No Poder Legislativo Estadual, exerceu mandato popular por quatro legislaturas; assumiu a Vice-Presidência da Casa e foi líder de bancada por várias vezes.

Integrou a Carreira do Ministério Público Estadual, desempenhando com dignidade e seriedade o ofício ministerial. Foi um dos membros fundadores da Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão - AMPEM, em 4 de janeiro de 1971, sendo eleito o primeiro presidente da entidade. Aposentou-se como Promotor de Justiça de 4ª entrância.

Advogou para a antiga Superintendência da Reforma Agrária (SUPRA), e foi perseguido por defender a causa dos lavradores nas lendárias “ligas camponesas”, e preso, após a deflagração do movimento militar, nos anos sessenta.

Casou-se em 29 de dezembro de 1961, aos 34 anos de idade, com a imortal Maria Thereza de Azevedo Neves, que lançou no último dia 7, sua obra “O Pecado é Delas”, com quem teve quatro filhos: Raphaela (Professora da Universidade) Eugênia (Juíza de Direito, inclusive exerceu a judicatura nesta Comarca de Itapecuru Mirim), Virgínia (Procuradora do Ministério Público do Trabalho) e Rodrigo (Doutor em Engenharia Estrutural).

No ano de 2006, sua esposa, Maria Theresa, lançou o livro Minha Árvore, traçando o perfil do imortal:

“Seu irrepreensível e incorruptível caráter; sua inquestionável vocação política herdada de ambos os avós, tanto do paterno quanto do materno – mas a verdadeira política, a política arte, enfim, a política de buscar a qualquer preço, os caminhos que o levariam a concretizar seus anseios de trabalhar pelo bem comum; a ética, a transparência e a seriedade sempre presentes em suas ações fossem públicas, profissionais, privadas e, sobretudo seu senso de responsabilidade”.

Faleceu em 21 de setembro de 2012, aos 85 anos. Certamente, o dia em que foi imortalizado por tudo que fez e por tudo que representa para esta terra e para o Maranhão.
Muitas são as coincidências entre nós! Entendo também que os desígnios de Deus nos aproximaram em diversos momentos de nossas vidas como aqui, agora, nesta Sessão Solene de Posse.

Nasci na data de 21 de setembro, data de seu falecimento. Dr. José Bento Neves também nasceu em setembro, no dia 10. Seguimos a mesma carreira, Ministério Público, ambos muito combatentes como fiscais da lei e promotores de justiça; e ainda fomos Presidentes da nossa entidade classista, a AMPEM. Ele, fundador e 1º Presidente, em 1971. Eu, a 2ª mulher a ocupar a presidência da AMPEM, de 1999 a 2004.

E, como se não bastasse, a AICLA nos une como imortais, na qualidade de patrono e acadêmica, no propósito de contribuir para o resgate, preservação e valorização da memória cultural de Itapecuru Mirim.

Cumprida a missão de recordar, ainda que brevemente, a vida do meu patrono na Cadeira nº 14, e da grande homenageada da noite, Mariana Luz, reafirmando, assim, a imortalidade de ambos, eu não poderia deixar de prestar reverência à minha amada Cidade de Itapecuru Mirim.

E aproveito este momento para aqui registrar meus agradecimentos à sociedade itapecuruense, aos amigos que aqui construí, aos vereadores da Câmara Municipal, que me agraciaram, em Sessão Solene realizada no dia 9 de dezembro de 1994, com o Título de Cidadã de Itapecuru Mirim, em reconhecimento à minha trajetória de vida neste município, como cidadã, desde 1989, quando vim responder  pela Promotoria de Justiça nesta Comarca.
Ao partir desta cidade para a capital, São Luís do Maranhão, em 19 de outubro de 1993, a fim de seguir carreira no Ministério Público Estadual do Maranhão, em outra entrância, promovida por merecimento, mesmo contente por ascender a mais um degrau da Carreira, senti-me nocauteada no meu mais profundo sentimento de amor à Itapecuru Mirim, e busquei na minha poesia o alento para aquele instante.
(…)
Coração alado
Insaciado
Voa em terras habitadas
(…)
Mas é no recanto do amor
Que o amor se completa
Eterniza
Os corações de asas partidas
(Meu Poema Anônimo,
que integrou a Coletânea Púcaro Literário I, da AICLA)

Meu amor eterno à Itapecuru Mirim, que me escolheu como filha da terra. Como cidadã de Itapecuru Mirim tenho uma história de amor com esta cidade situada à margem do Rio Itapecuru, que sempre me inspirou para escrever minhas petições ministeriais, bem como para a minha poesia.

E como Promotora de Justiça, pude exercer aqui, plenamente, o meu munus público, experimentando todas as áreas de intervenção do Ministério Público na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis dos cidadãos itapecuruenses.

Engajada na sociedade, e comprometida com a minha missão institucional, aqui me dediquei às causas mais nobres, quer seja na área cível, quer seja na área criminal; quer seja no âmbito administrativo da Promotoria de Justiça, quer seja na esfera jurisdicional. Sempre acudindo aos reclames sociais, em um incansável trabalho de resgate à cidadania e paz social, cuja jornada de trabalho se prolongava muitas vezes nos meus horários de descanso. Quantos deslocamentos fiz para povoados da região, no período noturno, em uma verdadeira jornada tríplice de trabalho.

Enquanto Promotora de Justiça neste município, conheci e vivenciei a realidade social da população itapecuruense, num tempo em que o Ministério Público carecia de estrutura em todas as comarcas do Estado. Assim, defendi a autonomia administrativa do Ministério Público nesta Comarca, com espaço físico próprio, e lutei para que exercêssemos o nosso ministério público com dignidade, isto é, com condições de trabalho, visando a dignidade com que deveria ser atendido em nossos gabinetes o povo itapecuruense que nos procurava nas suas aflições e interesses. Esta nossa luta resultou na construção do prédio sede da Promotoria de Justiça de Itapecuru Mirim, o primeiro prédio de Promotoria de Justiça construído com recursos próprios da Procuradoria Geral de Justiça, do qual me orgulho em ter contribuído para esse novo modelo de Promotoria de Justiça no Estado.

Passados mais de 20 anos da minha jornada na Comarca de Itapecuru Mirim, entre tantos desafios vividos no âmbito da atuação ministerial, destaco, agora, um dos fatos que me marcou a alma. Guardo com muito carinho, na minha biografia profissional, a atuação em um procedimento administrativo na defesa do consumidor, de um número grande de pessoas muito carentes, residentes no conhecido Bairro das Malvinas. 

Na ocasião, a Companhia Energética do Maranhão – CEMAR foi responsabilizada administrativamente, no âmbito da Promotoria de Justiça, a reparar os danos causados à população inteira do Bairro Malvinas, em face de comprovada falha no fornecimento do serviço de distribuição de energia elétrica. Assim, usando de minha autoridade funcional, os moradores tiveram ressarcidos os prejuízos referentes a seus eletrodomésticos que foram danificados, encerrando a demanda.

Dessa forma, o Ministério Público deu efetividade à solução do conflito e atendeu ao interesse da comunidade, sem a necessidade de judicialização da questão. E pude sentir, no semblante de cada um dos cidadãos, a satisfação de verem, na ação administrativa da Promotoria de Justiça, o seu direito garantido, de forma célere e eficaz.

Por outro lado, minha passagem por Itapecuru Mirim também tem uma imensurável importância enquanto ser pensante e mulher de sensibilidade aguçada. Foi aqui, nesta cidade, que sedimentei a minha inspiração para a poesia, apesar do volume de trabalho, ainda encontrava inspiração para os meus escritos, que brotavam da alma no meio da noite. 

Naquela época a AICLA ainda era um sonho de alguns intelectuais, mas já participava ativamente de inúmeros eventos culturais realizados na Casa da Cultura. Também escrevia, semanalmente, à época, para o Jornal de Itapecuru. Desde esse tempo mantive com o jornalista e acadêmico Gonçalo Amador uma relação institucional de colaboração com o seu Jornal de Itapecuru, escrevendo na coluna sobre questões jurídicas do cotidiano da sociedade, onde também publicava minhas poesias.

Naquele tempo, o acadêmico Gonçalo Amador já demonstrava a sua preocupação com as letras e com a verdade do bom jornalismo. Minha alegria de encontrá-lo nesta agremiação.
Participei de diversos saraus, a convite do hoje patrono João da Cruz Silveira, à época, na intimidade, professor João Silveira, o qual foi incansável em promover a cultura em Itapecuru Mirim naquela Casa. Um homem que vivia com emoção a poesia, a literatura e a história de sua terra.

Lembro-me da sua presença constante na Promotoria de Justiça, em visita, e lá falávamos sobre cultura.

Vale registrar, com elogios, que o então professor João Silveira, juntamente com o acadêmico Benedito Buzar (este intelectual uma presença marcante em Itapecuru Mirim), foram os grandes precursores da implantação da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, a quem rendo as minhas homenagens por idealizarem os planos para a implantação da AICLA. 
Após o falecimento do ilustre professor em 2004, o acadêmico Benedito Buzar prosseguiu no projeto e conseguiu organizar um grupo de intelectuais itapecuruenses (Jucey Santana, Moaciene Lima, José Jorge Rodrigues, José Paulo Lopes, Werbity Diniz e Samira Fonseca), que se reuniam quinzenalmente, para a tão sonhada academia, concretizando-a no dia 7 de dezembro de 2011. Cujo aniversário comemorativo integrou a V Semana de Cultura de Itapecuru Mirim, ao completar 6 anos de profícua existência.

Assim, a AICLA emergiu em um cenário de valorização da ciência e da cultura em Itapecuru Mirim, contribuindo para o resgate, para a preservação e valorização da memória cultural do município, apresentando-se como um verdadeiro instrumento de transformação social.

Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Acadêmicos, Membros Efetivos e Correspondentes, despeço-me, jubilosa, e desejo que, juntos, possamos somar esforços em prol da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, que agora generosamente nos acolhe como membros correspondentes, mantendo o intercâmbio de ideias em atividades científicas, literárias e artísticas, buscando consolidar os objetivos estatutários propostos pela Instituição.
Finalizo com a poesia:
(…)
O presente
É a realidade
Que surpreende
Os corações apaixonados
(…)
O amor reservado
Pelo mundo das contradições
Assim, é a musa e seu
Poema Anônimo
(Minha autoria, Meu Poema Anônimo,
Coletânea Púcaro Literário I)
Parabéns, confrades e confreiras!
Fazer ciência, letras e artes será sempre o nosso grande desafio. O presente é a realidade do amor, para nós, reservado na Academia!

Muito obrigada.


                   Maria de Fátima Cordeiro Rodrigues Travassos é Procuradora de Justiça e presidente da Academia Vianense de Letras. Foi Promotora de Justiça em Itapecuru Mirim quando lhe foi outorgada o título de cidadã itapecuruense pela Câmara Municipal.

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