sexta-feira, 18 de março de 2016

A RAMPA

                  
Por: Josemar Lima

Rampa viste o progresso de outros dias
E, em ruínas, recordas o passado,
Da febril agitação que aqui existia
O cais do porto, carros carregados.

Resta, agora, a amarga recordação,
Daqueles tempos que não mais virão
E vais aos poucos, triste, te acabando,
Olhando a ponte que te legou o abandono.

Mas quando por completo te acabares
E em pó, transformada, fores aos mares,
Ai, ó velha rampa, tu serás lembrada.

Em teu lugar ficarão montões de areia
Tu serás uma ladeira triste e feia
E, chorando, dançarás nas enseadas.

Josemar Sousa Lima - 1972






          

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