sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A BOITE GUARACY


E ROBERVAL VIANA ALMEIDA

         Por: Nato Lopes

        Quando a radiola tocava “Quanto tempo de sonhos perdidos / Quanto tempo (?) esquecidos / É melhor nem lembrar / Eu pensei que sabia de tudo...”, meus amigos já sabiam “Nato Lopes tá na boite”.  BOITE GUARACY.

 Nos anos 60, no Itapecuru Social Clube, não era permitida a entrada de negros, mulheres “separadas”, mães solteiras etc..

      Bruno Almeida, pai de Roberval, fundara o Ideal Clube, que atendia a esses membros da sociedade, com um local de diversão e lazer.

 Nos anos 70, Roberval Viana Almeida, retorna de São Luís, onde fazia seus estudos, inaugura a famosa “Luz Negra”, traz os jogos de luzes psicodélicas, momento em que muda o nome do Ideal Clube para BOITE GUARACY, estreando a música eletrônica, cuja radiola pertencia ao Senhor Patrício, parente próximo do Sr. Simplício Belfort.

       Com a grande aceitação dos novos estilos musicais, melhor estrutura física, pinturas de efeitos fluorescentes, a Boite Guaracy tornou-se ponto de referência para todos os gostos, sem distinção de cor ou posição social.

Um ponto de encontro para dançar, beber uma cervejinha, e conhecer novos amigos. Roberval criou também os festejos juninos na Boite, com o tradicional casamento caipira, sendo os noivos mais famosos: Walter do Departamento  como era conhecido e Maria de Seu Abdom, como era chamada. Os bailes aconteciam nos fins de semana, com vesperais aos domingos. 

 Êta tempo bom!

Bebi minha cerveja, fiz amigos, dancei e namorei dali saí pra casar, ali comemorei minha eleição para Vereador. Saudades dos velhos tempos.
Muito obrigado Adalgisa Viana Almeida.


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