Por: Ana Teresa
Muniz, Clara Raquel Amorim, Hilana Campelo, Jainne Magalhães, Juliana Sousa e
Rayanne Amorim
Na visita à APAC (Associação
de Proteção e Assistência aos Condenados) é
possível encontrar humanidade em todos os cantos. É uma proposta, sobretudo,
humanitária. Um método que vem proporcionar um sistema de regime com dignidade
e que prioriza a recuperação e ressocialização dos apenados que ali se
encontram, visando assim, não só promover a justiça, mas buscar proteger a
sociedade também. Sendo utilizado em um vasto território nacional e
internacional, operando como entidade auxiliar do Poder Judiciário e Executivo,
que vem tendo cada vez mais resultados positivos em relação a reincidência, que
é de 8,2%, enquanto no sistema carcerário é de 85%.
O 6° período do
Curso de Letras da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) – CAMPUS ITAPECURU,
sob a orientação do Professor Esp. Tiago Oliveira, promoveu uma ação na manhã
de 08/10/16 na APAC, doando 42 kg de alimentos não perecíveis e 6 livros (Vida
e Obra de Mariana Luz de Jucey Santana, Recordações e Itapecuru: Sua Gente, Sua
Missão de Assenção Pessoa, Tudo Azul no Planeta Itapecuru e Nicéas Drummont: O
Gavião Vadio de Inaldo Lisboa e por fim, a Bíblia Sagrada), haja visto que já
possuem uma biblioteca, organizada e mantida por membros da AICLA (Academia
Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes) para incentivo da leitura e aprendizado, para
inclusão no projeto “Leitura para Remição da Pena”.
O mais
gratificante da visita é poder fazer parte da comunidade, se sentir e ver nos
olhos de cada voluntário ali presente a sensação de ser uma pessoa melhor e
acreditar que as pessoas são sim recuperáveis. A APAC é uma organização sem
fins lucrativos, que possui sua filosofia própria: “Matar o Criminoso e Salvar
o Homem”, sem dúvidas faz parte de uma construção social, cada vez mais
reforçada pela vertente dos Direitos Humanos, que promove a paz.
Além de tudo, é
importante ressaltar a disciplina ali presente, onde os recuperandos trabalham
no seu próprio sistema de administração, possuindo um conselho, basicamente formado
pelos mesmos, caracterizando assim o incentivo a ordem, o trabalho e a
organização. É notório também, a grande força que a religiosidade e a figura de
Deus sempre ali presente os proporciona.
Dentro da APAC, os
recuperandos possuem acesso a assistência jurídica, à saúde, a família, a uma
boa alimentação, individualização da pena, desenvolver suas próprias atividades
(tais como foram vistas: artesanato, hortas, criadouro de peixes), ou seja,
socorrendo suas necessidades e valorizando sua existência, e possibilitando o
pagamento da pena, mas com dignidade e respeito, visando a sua inserção futura
na sociedade como homem “novo”.
Segundo o
professor Tiago de Oliveira: − É certo
afirmar que cada aluno do 6° período saiu da APAC desnudo de preconceitos e com
uma nova visão sobre a sociedade. Fomos todos recebidos de braços abertos pelos
voluntários. Um agradecimento especial à D. Célia e D. Tereza Muniz
As
autoras do texto são estudantes do 6º período do curso de Letras da UEMA
(Campus Itapecuru Mirim)
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