ARTIGO DE OPINIÃO:
O PERFIL IDEAL PARA OCUPAR
O CARGO DE PREFEITO EM ITAPECURU MIRIM
"Governar é a arte de saber
lidar bem com o sentimento das ruas." (Antônio Luiz da Costa)
Os mais de
cinco mil e quinhentos municípios brasileiros escolherão neste, 02 de outubro
de 2016, seus novos prefeitos e prefeitas. Muito se fala sobre o
perfil ideal para um candidato a Prefeito ou a Prefeita e suas qualificações
necessárias exercer tal cargo.
Excluindo as
questões técnicas inerentes a gestão pública e as questões éticas e moral, pois
se pressupõe que todos os candidatos são dotados de moralidade e ética, tive a
ousadia de listar aqui alguns parâmetros para perfis desejáveis ao executivo da
nossa tão bela e majestosa Itapecuru Mirim, para bem desempenhar suas funções e
promover uma gestão de qualidade e resultados. Perfis que também são válidos
para os demais municípios brasileiros.
Um bom gestor deve ter Habilidade
política para administrar conflitos de interesses, uma vez que a coisa
pública é bastante elástica e diversificada. É preciso ter capacidade de
liderança e convencimento para criar, manter e conduzir uma boa equipe de
trabalho e implantar e programar projetos e ideias.
A administração pública requer Conhecimento
das políticas públicas, tramites legal e burocracia, o que pode ser
adquirido com o tempo e a própria vivência. Bons assessores podem suprir esta
deficiência e fornecer as informações necessárias para subsidiar o gestor nas
suas ações e decisões. Nesse item, a composição de secretariado muitas vezes
fracassa por razões políticas. É que, ao serem eleitos, ao invés de buscar na
comunidade local, as pessoas mais qualificadas para cada cargo, acabam tendo
que satisfazer compromissos de campanha com os partidos políticos. Em razão
disso nomeiam pessoas que, muitas vezes, deixam a desejar. Um perfil técnico
para um secretário é muito importante para a solução dos problemas na
comunidade.
Não dá para fazer gestão pública
de qualidade e resultados sem que se tenha o mínimo de embasamento técnico
de como funciona a administração pública.
A população da
cidade se beneficia de melhorias realizadas por um prefeito e sua equipe de
governo. Há que se perceber que Prefeitura não é empresa privada, que busca
apenas lucro. O foco na administração pública é, ou, deveria ser o bem-estar, o
bem comum da população. Sendo assim, a busca por um bom gestor começa pelo conhecimento
e experiência que ele acumula.
Outra característica
imprescindível para um prefeito é que tenha sintonia com a legislação
vigente, hoje ampla e exigente, e que este gestor tenha rigor em cumpri-la.
Um bom prefeito,
uma boa prefeita precisa ter especializações, mestrado, doutorado, cursos no
exterior (não necessariamente todos ao mesmo tempo). No caso de gestores
públicos, é bom ter conhecimento em áreas como gestão estratégica,
administração, economia, gestão de pessoas. Fluência em uma ou mais línguas,
pelo menos no inglês, é outro critério básico.
Já o equilíbrio emocional, tido como uma condição psíquica é fundamental
ao gestor. Seus atos e ações afetam e influenciam a vida de todos os munícipes.
Desta forma a conduta sensata, sem revanchismo, perseguições, e exacerbação da
vaidade pessoal, assim como a conduta das políticas públicas com espírito
coletivo, são condições essenciais para uma boa gestão. Tem que ter capacidade
de conviver e enfrentar crises.
Ter liderança política,
equilíbrio e poder de decisão no momento certo; disponibilidade para
ouvir e tolerância para entender diferenças de estilos das pessoas com quem
trabalha, ter consciência de que precisa estar o maior tempo possível presente
na cidade que administra, além de fazer do diálogo com a população, seu
principal instrumento de trabalho.
É sempre dito que um gestor
precisa ter espírito público. Isto é, precisa ter uma conduta de estar
sempre sensível para os clamores da comunidade. Para isso precisa ter espírito
de liderança, comunicação, flexibilidade, organização, comprometimento,
objetividade e ousadia.
O planejamento é outro
item importante tanto na vida pessoal quanto pública de um gestor
municipal. Sem planejamento não se consegue bons resultados. Em qualquer
início de gestão é preciso de um planejamento estratégico. Este leva em conta
as prioridades, estabelecem-se cronogramas. Leva-se em conta o volume de
receitas e foca-se nos resultados possíveis.
É conveniente dizer que o
fracasso de uma gestão municipal tem início muitas vezes em uma campanha eleitoral,
quando o então candidato vende ilusões a respeito do que faria. Desinformado do
que é possível, promete o que não poderá cumprir. Portanto, outro item
importante é a honestidade, qualidade imprescindível para que um
candidato a prefeito resulte em um administrador eficaz, numa futura gestão. Além da honestidade, muitas outras
características podem ser alinhavadas: a forma como o cidadão administra também
a sua vida pessoal. Ela será o reflexo do que vai ser a sua gestão
pública. Se não sabe gerir sua vida pessoal, fica difícil acreditar, se será
eficaz no trato de questões do interesse coletivo.
Ter força de vontade.
Isso é muito importante para o êxito de um mandato. O prefeito e seus
auxiliares precisam de dedicação exclusiva aos cargos. E se não houver o
empenho, não se chegará a um resultado de excelência. Portanto uma organização sistêmica é a maior aliada de uma gestão
inteligente.
Finalmente,
o prefeito ideal não arranja desculpas para a própria incompetência. Nem mesmo
coloca a culpa dos seus problemas no prefeito anterior. O político eleito deve
assumir o cargo conhecendo o chão onde pisa, trazendo nas mãos um plano de
governo com as soluções levantadas e discutidas com a população. É preciso
conhecer e bem a cidade, os principais problemas de todas as comunidades, em
especial daquelas mais necessitadas, resolver as demandas, estar sempre a
serviço do Município e prestar contas do que está fazendo.
É preciso deixar expresso no seu
programa de trabalho um mínimo de fidelidade à população, uma boa dose de humildade também é algo que não
poderá faltar no trato com os munícipes.
Disposição
permanente para o diálogo. A democracia, essa plantinha
tenra, como se diz, que necessita ser regada com especial desvelo, só frutifica
em terreno adubado pelo intercâmbio de ideias. Ancorada na convicção de que o
espírito humano é como um pára-quedas, e que só funciona aberto, a ação
democrática estimula a discussão franca dos temas relevantes e provocadores.
Torna assim, infinitas as possibilidades de consenso, pela troca fervilhante de
opiniões, a entendimentos e pactos capazes de atenderem, nos justos conformes,
aos superiores interesses da coletividade. O famoso Orçamento Participativo,
valioso instrumento de gestão, é amostra eloquente do poder do diálogo.
Tudo deverá que
ser organizado, de forma que, o governo futuro, sob a regência do Gestor
Maestro, naturalmente vocacionado para a missão, funcione com afinação de uma
orquestra.
Não é
necessário eleger uma entidade milagrosa. Alguém com perfil positivo democrático
irá ouvir as pessoas, o seu secretariado, lideranças da comunidade, segmentos
sociais, em fim, e compartilhar as decisões, fazendo prevalecer às questões
técnicas de cada caso e as enquadrando dentro da permissão legal para
executá-las.
Algum pré-candidato se encaixa
nesses parâmetros ou perfis?
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