domingo, 9 de outubro de 2016

PÁLIDA HOMENAGEM




     

Por:    Nascimento Araújo

Oh! Que estupendo e brilhante!
- Meu sangue – de orgulho estrujo!
Glória! Glória! Altissonante
Ao Correa de Araújo!

Menestrel quão eloquente!
Que escritor aprimorado!
Sacerdote aurifulgente:
Em J. J. Dourado!

A palavra simpatia,
Tem beleza e expressa tudo...
Salve! – Com muita alegria!
Mestre − Câmara Cascudo!


Ergo o meu canto florido,
Bem alto, acima dos Andes,
A um Estro doce, querido,
Grácil! – Lilinha Fernandes!

Félix Aires: nossas glórias,
Na mais justa concepção;
Velha Guarda das Vitórias
Do Luzido Maranhão.

Com delicias de ornamento,
Poetisa magistral,
Salve! Iraci Nascimento
E, Silva piramidal!

Menestrel altifluente...
Eis um pouco que externados,
Dessa alma boa e cadente,
A luzir em Clovis Ramos.

Há trovadores perfeitos,
Verdadeiros violoncelos.
Um dos grandes escorreitos
- João Carlos de Vasconcelos.

Se alguém pode ser mavioso
Com trovas belas e tantas,
Com certeza, primoroso,
Há de ser como Wilson Dantas.

Mesmo não sendo monarca,
Pode ser alto brasão...
Se é Trovador, se é Petrarca,
Nem se fala – é Maranhão.


Neste meu baldo epinício,
Louvo assim, nome dos grandes:
A luculento Aparício
Que é nordestino e é Fernandes.

Vem sabiá! Vem cantar...
Irapuru! Vem também!
E um terno canto entoar
Aos Trovadores no além.

  

                Do livro LUAR DO MARANHÃO (1968) de autoria do poeta itapecuruense Juvenal Nascimento de Araújo, patrono da cadeira nº 15 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes  - AICLA



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