A SAGA DOS SÃO-BENTUENSES
João
Francisco Batalha
Tenho
acompanhado, com minha presença a alguns eventos da Academia São-bentuense de
Letras. E fico soberbo quando recebo os convites para tais ocasiões. A
última delas foi a posse da escritora Míriam Leocádia Pinheiro Angelim
para a cadeira número 25 da Academia Ludovicense de Letras, patroneada por
Laura Rosa, ocorrida na noite de 5 de maio na Academia Maranhense de Letras.
Dois belos discursos: O do saudante, acadêmico Sanatiel Pereira,
e o da empossando.
A vocação de São Bento pela cultura é
antiga. Ainda no século XIX, havia, na então vila, aula pública de Latim,
Colégio de Humanidades, Teatro e Recreio Dramático. Os jornais “São Bento” e
“Luz” datam do século XVII. Posteriormente surgiram “Laço” e
“Aura” e também o “ Imparcial”, já no século XX.
Oportuno, também, neste momento,
enaltecer, as belezas, riquezas e os costumes da terra de Dom
Felipe Conduru, Dom Luís de Brito, Luso Torres, Domingos
Barbosa, Raimundo Araújo, Humberto Reis, Newton Bello, José Sarney,
Joaquim Itapary, Urbano e Jerônimo Pinheiro, Sebastião Jorge e Vavá Melo,
o menestrel da Baixada, entre outras personalidades
que ilustram as páginas da história maranhense.
Solo de verdejantes campos piscosos e
uma rica e variada flora lacustre de vegetação movediça, igarapés, lagos,
babaçuais, pesca artesanal por meios primitivos, pastagens nativas, próprias
para criação de gado em regime extensivo e de transumância. Caçadas de marrecas
em noites enluaradas e de jaçanãs entre moitas de guarimãs.
A salubridade e as boas condições de
vida em São Bento lhes renderam o título de “Suíça Maranhense”. E os
“queijos de São Bento”, as “redes de linha de lustro” e a relação
de pessoas cultas e ilustres filhos da terra lhes consagraram
grande notabilidade.
Parabéns, São Bento, terra do saber e
dos campos floridos, pela sagacidade dos seus filhos aguerridos, oito dos
quais, se imortalizaram na Academia Maranhense de Letras. Parabéns,
Academia São-bentuense, pela grandeza do seu trabalho e pela pujança dos seus
acadêmicos, oito dos quais, integrantes da Academia Ludovicense de Letras.
João
Francisco Batalha é Arariense, membro da Academia Vitoriense e Arariense de
Letras, Academia Ludovicense de Letras (ALL)
e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão ( IHGMA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário