Clores Holanda
Amar, amar e amar feito as ondas do mar que vão
para lá e para cá.
Não importa se você vai se afogar. Mergulhe
profundo e deixa-as passar.
Nesse vai e vem da força que a onda tem dê braçadas
rumo ao além.
E se acaso o amor naufragar? Pode ter certeza no
oceano ele vai se salvar.
Amor amar o amor. No seu peto transborda espumas de
paz interior.
Se amar é sinônimo de sofrer quero me afogar na
ilusão de um mar sem chão.
Nadando, nadando, não quero transformar o amor em
paixão motivo de traição.
Atraídos pelo engodo o homem dilacera o peixe sem
dó e sem compaixão.
Manchando o mar de vermelho pelo seu desamor
causando tamanha dor.
Amo amar o amor. Por amor a nós Jesus Cristo nos
salvou.
Qual a definição do amor? Será o tremor do corpo
molhado sem o cobertor?
É o côncavo e o convexo de dois seres num êxtase
momentâneo de felicidade?
Amor é fervor, é louvor, é ardor, é calor, é
emoção, é uma mistura de paixão.
Amar, amar, além do mar na âncora do paraíso de um
sonho sem acordar.
Amo amar o amor. Preciso adormecer e acordar em
teus braços meu melhor cobertor.
Vivo numa Ilha onde canta o sabiá. Tem o Largo dos
Amores que em nenhum lugar há.
Por tanto amar fiquei só. Ganhei o mar na Ilha do
Amor de encontros e desencontros.
Na minha solidão encontro o passado de um presente bem vivo de amores perdidos.
Construí castelos de amor na beira da praia
destruídos pela onda traiçoeira do mar.
Amo amar o amor.
Sou do signo de peixes. Sonho com o verdadeiro amor.
Do Púcaro Literário
II, Itapecuru Mirim, 200 anos (2018) pag. 42. Clores Holanda Silva, poeta, sócia
Efetiva do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e da Academia Ludovicense de Letras.
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