SEGUNDA
EDIÇÃO
Jucey Santana
José Gonçalves da Silva |
A primeira edição lançada em maio de 2016 se tornou
um dos meus livros de minha autoria, mais procurados pelos itapecuruenses que
buscam informações de seus antepassados, razão pela qual foi rapidamente
esgotado.
Neste final de 2018 resolvi, publicar uma segunda
edição, por ocasião das festividades do aniversario de 200 anos de Itapecuru
Mirim, ampliada com a inserção de oito ilustres
itapecuruenses. São eles: o Barão de Coroatá, importante político da família
dos Belfort que teve o mérito da fundação da Vila de Imperatriz, Dra. Francisca Ramos, médica de grande
popularidade e querida em Itapecuru Mirim, Dr. Edmar Bezerra, médico
humanitário, em sua biografia foi resgatada a origem da importante família
Bezerra em Itapecuru, e outros importantes itapecuruenses com trabalhos
importantes em prol da cultura, educação e trabalhos voltados para o social,
como as Dras: Mirella Freitas, Fátima Travassos, Benedito Lacerda, Raimundo
Nonato e Geraldo Lopes.
Barão de Coroatá |
Também foram atualizadas algumas biografias, como
exemplos: Zé Jorge, Vitório Gundes e
Teresinha Bandeira que faleceram.
Como ocorreu o resgate de importantes imortais
Esta obra é o resultado de um demorado estudo e
pesquisas em livros, jornais e inúmeros arquivos muitos dos quais
corroídos pelo tempo, com o objetivo de compor a história do município de
Itapecuru Mirim através de suas personalidades,
com intuito de favorecer a sociedade e a classe estudantil uma construção
de conhecimentos da memória histórica da nossa região.
Ainda que o ritmo da sociedade contemporânea seja
altamente tecnológico, os estudiosos recorrem à história como mecanismo
necessário de entendimento para a previsão do futuro. A história local
estabelece conexões entre conflitos diários em forma de política, lutas de
resistência, mudanças e apegos a tradições, com os
antepassados. Quando salvamos o passado,
resgatando a sua memória, estamos sendo útil ao presente e ao
futuro. Segundo a citação da embaixatriz Beatriz de Moura quando esteve
em Itapecuru Mirim em 1996: – Só
poderemos saber para onde vamos se soubermos de onde viemos.
Viriato Correa |
Meu interesse teve início a partir do meu tronco
familiar, procurando entender a trajetória sofrida de meu pai, Manoel dos
Santos, filho de um comerciante libanês, precocemente assassinado por questões
agrárias nos anos 20 do século passado. Depois com a fundação da Academia
Itapecuruense de Letras em 201, houve a necessidade de levantamentos rápidos de
informações sobre patronos e membros para compor os quadros da instituição. Daí
em diante passei a investigação mais abrangente como ponto de partida a
pesquisa sobre meu patrono, o cônego José Albino Campos Filho e da poetisa Mariana Luz, professora de meu
pai.
A obra não é conclusiva. Muitas personalidades que
fizeram história no município não foram favorecidas. A bicentenária Itapecuru
Mirim ainda guarda muitos mistérios a serem desvendados.
Visconde de São Luis |
Estão entre as 121 personalidades catalogadas na
obra: fidalgos, senhores de engenhos, políticos, poetas, escritores,
musicistas, jornalistas, sindicalistas, latifundiários, dramaturgos, professores,
comerciantes e outros que de algum modo contribuíram para o
engrandecimento da cidade.
Famílias ilustres do Sec. XVII e XIX
Manoel Germano dos Santos |
Na obra são destacadas as seguintes famílias:
Belfort, Burgos, Vieira, Henriques, Lisboa, Silva, Gomes, Nunes, Gonçalves,
Sousa, Leal, Cardoso, Reis e Serra. A partir da segunda metade do Século
XIX surgiram as famílias: Nogueira da Cruz, Bandeira de Melo,
Frazão, Luz e outras. No final do Século, passaram a
ter atuação importante no cenário político os Sitaro e Bezerra.
Vale citar que os Bandeira de Melo, Nogueira da
Cruz, Bezerra e Sitaro, continuaram atuando na política itapecuruense até os
anos 40 do século XX.
Primeira metade do século XX
Barão de Itapecuru |
Novos núcleos familiares se formaram no inicio do
século com a migração dos sírios-libaneses, que se instalaram em Itapecuru
Mirim e movimentaram economicamente a cidade com várias modalidades comerciais.
As principais famílias: Mubarack, Fiquene, Buzar, Assef, Jorge, Lauande, Ahid e
outros. Também os retirantes das secas nordestinas se instalaram formando
grandes comunidades familiares: Rodrigues (três famílias distintas), Araújo,
Sampaio, Conegundes, Abreu e outros.
Itapecuruenses nas Academias Literárias
Figuram na obra, dois ilustres itapecuruenses que
fizeram parte dos quadros Academia Brasileira de Letras: João Lisboa (patrono)
e Viriato Corrêa (membro efetivo).
Padre Albino |
Entre os filhos ilustres da terra, dez
tiveram seus nomes gravados nos anais da Academia Maranhense de
Letras, cinco dos quais como patronos: Joaquim Gomes de Sousa, escritor e
matemático; Antônio Henriques Leal, biógrafo, médico, escritor
e jornalista; João Francisco Lisboa, jornalista e escritor; José
Cândido de Morais e Silva, jornalista e professor e Pedro Nunes Leal,
lexicógrafo, escritor e tradutor. Quatro membros efetivos: Salomão Fiquene,
cientista, professor e escritor; Viriato Correa, romancista, teatrólogo e
jornalista, Mariana Luz, poetisa, teatróloga e professora e Benedito
Buzar, escritor, jornalista e pesquisador. Tivemos também um
membro correspondente na pessoa do general Hastímphilo de Moura, escritor e
general de divisão do Exército Brasileiro e governador de São Paulo.
Raimundo Nogueira da Cruz |
É de bom alvitre lembrar Joaquim de Jesus Dourado,
romancista e cronista, outro imortal da Academia Maranhense de Letras que
mesmo nascido no Ceará viveu quase 13 anos em Itapecuru Mirim na
juventude, época que seu tio e tutor o padre Joaquim Martins Dourado esteve à
frente da Paróquia e depois de ter recebido o
sacramento da ordem, desenvolveu o um trabalho religioso e
empreendedor de relevância na Paróquia de Nossa Senhora das Dores.
Portanto, em minha opinião, foram onze itapecuruenses que integraram os
quadros do Academia Maranhense de Letras.
Bento Neves |
Antonio Olivio |
No Instituto Histórico e Geográfico Maranhense
temos Benedito Buzar e Raimundo Gomes Meireles este último e esta
signatária também integram os quadros da
Academia Ludovicense de Letras. Não podemos esquecer João Duarte Lisboa Serra,
primeiro presidente do Banco do Brasil, que é patrono da cadeira 36 da Academia de
Letras do Banco do Brasil e foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, comprovando que a terra de Mariana Luz e Gomes de Sousa é
berço de cultura.
Hastimphilo de Moura |
Muitos ilustres que desfilam nas páginas do
presente livro, não são itapecuruenses natos, mas, se instalaram na região com
trabalho e determinação, auxiliando no progresso local.
Também registramos notáveis filhos da terra que
fizeram sucesso em outras plagas, levando longe, com muito orgulho, o nome de
Itapecuru Mirim
Salomão Fiquene |
Astor Serra |
Henriques Leal |
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