MAURO REGO (*)
Uma das pessoas que muito
contribuíram para o aprimoramento de nossa cidadania, atuando em várias
instituições e em várias atividades, foi a Professora Elisa (Ferreira da) Silva
Santana, nascida em 11 de novembro de 1928, filha de Juventina Ferreira da
Silva e Silvino Virgílio de Oliveira. É uma das professoras mais antigas de
nosso município, nomeada em 1946 para a Escola Getúlio Vargas, após ser
aprovada em concurso público, juntamente com a Professora Maria Monção
Rodrigues.
Fazia parte do grupo de cantoras da
Igreja Católica, antes da chegada do Padre Chiquinho a esta cidade, ao lado de
Luísa Machado, Maria José Gama Sanches e Maria José Freire. Após a demolição da
Igreja que foi reconstruída em 1919, pelo Monsenhor Dourado, fez parte dos
grupos teatrais que angariavam recursos para a construção da Igreja do Padre
Chiquinho, junto a Maria José Freire, Mariinha Machado, Sinhá Graça, Maria José
Lopes, entre outros, participando de encenações de algumas peças escritas pela
poetisa Itapecuruense Mariana Luz, entre as quais “Quem Tudo Quer Tudo Perde” e
“Miss Semana”, trazidas por Flávio Cordeiro Mendes durante o largo período em
que exerceu aqui o cargo de Coletor Estadual. Mais tarde, já em companhia de
Raimundo Nina Rodrigues Júnior, Mary Rodrigues, Teresinha de Jesus Rodrigues,
Teresinha Moreira, Mauro Rego, Benedito Rodrigues de Oliveira e outros,
participou da peça “Remorso”, do bacabalense Coroacy Fontes.
Licenciada em Geografia pela
Universidade Federal do Maranhão, lecionou no Liceu Maranhense, em São Luís, na
U. I. Nina Rodrigues, Colégio Arthur Azevedo e Escola Paroquial de
Anajatuba. Foi uma das que mais
contribuíram para a implantação do Ensino Superior em nossa cidade, graças à
sua experiência como Orientadora Acadêmica da Universidade Estadual do Maranhão
(UEMA) em 2006. Com a colaboração das Professoras Eliane Oliveira Freire e
Eliane Frazão, foi uma das responsáveis pela implantação do Programa de
Qualificação de Docentes (PQD) da UEMA que aqui estabeleceu os cursos de
Licenciatura em Letras e História.
Na Administração Pública foi
Secretária da Prefeitura e da Câmara Municipal em várias administrações
exercendo também o cargo de Secretária Municipal de Educação, Cultura,
Desportos e Lazer, nos governos de Ademir Duarte da Cruz e Pedro Lopes Aragão.
É membro efetivo da Academia
Anajatubense de Letras, Ciências e Artes (ALCA), sendo fundadora da Cadeira n°
18, patronímica de Vitor de Jesus Lobato, do qual foi amiga pessoal. Exerceu
várias funções administrativas na ALCA e lutou muito para que a instituição
tivesse uma sede, o que ainda não foi concretizado.
Abrimos uma coletânea de crônicas
sobre os construtores de nossa História moderna, prestando a primeira homenagem
a uma das mais expressivas lutadoras em prol da Educação em Anajatuba, enquanto
lutaremos pela concretização de outros de seus sonhos, entre os quais a criação
da Comenda Padre Chiquinho, por ela
idealizada, que se tornaria a mais importante honraria concedida pelo nosso
Município, cuja instituição ainda não foi materializada.
Dona
Elisa está enfrentado problemas de saúde que ela encara com a galhardia
possível aos seus 91 anos de idade. Como seu admirador e amigo, honra-me fazer
esse registro numa moção de reconhecimento ao seu trabalho.
(Mauro Rêgo é
escritor, membro da Academia Anajatubense
de Letras, Ciências e
Artes (ALCA) e da Academia Itapecuruense
de Ciências Letras e
Artes (AICLA)
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