A fé no amor virou feminicídio é o título do videoclipe das
compositoras maranhenses Isabel Cunha e Wanda Cunha, lançado na última
sexta-feira (24), no Espaço de Arte da AMEI, no Shopping São Luís. O vídeo é
homônimo da música que elas compuseram e que trata da morte de mulheres vítimas
de violência doméstica. O lançamento do clipe contou com a presença de
representantes de várias entidades culturais, dentre as quais de academias de
letras e movimentos de mulheres.
Três atrações antecederam o lançamento do clipe: uma conversa
sobre Feminicídio, um Pocket Show das cantoras e a apresentação da produção do
clipe. As atrações foram
mediadas pela cantora e compositora Carol Cunha, filha
de Isabel Cunha.
Na primeira atração, a mestra em Direitos Humanos Diane
Pereira Sousa fez uma roda de conversa, apresentando dados estatísticos sobre a
morte de mulheres no Brasil e no mundo e traçou um perfil da situação por que
passa as mulheres vítimas de violência, acentuando a importância do diálogo
entre ciências, artes e outras disciplinas ao redor do assunto. Também mensurou
a importância das ações coletivas para minimizar o problema. As
discussões foram recheadas de intervenções de professores universitários e de
outros segmentos culturais.
Na segunda atração, as compositoras apresentaram um Pocket
Show, composto de quatro músicas autorais: o “Xote da Caranguejada”, que fala,
de forma bem-humorada, sobre a culinária maranhense; “Poesias e
Cores”, “Vá cantar de galo” e “Penha Nele”, esta última também é uma
denúncia contra a violência de gênero, música classificada no I Festival de
Samba Maranhense “MOSTRA TEU SAMBA MARANHÃO” com muita aceitação do público e
da crítica. As músicas dançantes entusiasmaram a participação da plateia nas
palmas, coros e danças.
Na terceira atração, houve a apresentação da produção do
clipe: o produtor musical Jesiel Bives; o autor maranhense Uimar Rocha
Júnior e a atriz e produtora do clipe Dandara Kram, todos se manifestaram sobre
o trabalho que vem sendo desenvolvido pela dupla e sobre sua própria atuação no
clipe e expectativa. Em seguida, houve o lançamento do clipe, que fora
deveras aplaudido pelos presentes. O evento foi encerrado com uma sessão de
fotos com as compositoras.
ISABEL E WANDA CUNHA – compositoras maranhenses – vêm fazendo um trabalho de
músicas autorais voltadas para o respeito aos direitos humanos.
Isabel Cunha é graduada em Filosofia, exerceu o magistério durante longos
anos e hoje é funcionária pública aposentada pelo Ministério da Fazenda; quando
jovem, estudou piano clássico e cavaquinho; dedicou-se à carreira de Carol e
Ana Tereza, suas filhas, com as quais também fez parceria, com as músicas
“Batucar” e “Papai eu quero sair!, esta última integrou o primeiro CD das
filhas.
Wanda Cunha é jornalista, cronista, professora e escritora, tem sede (07)
livros publicados, graduada em Letra e Comunicação Social (Jornalismo),
pós-graduada em Língua Portuguesa e Comunicação e Reportagem, pós-graduanda em
Educação Musical e Ensino de Artes e em Teoria da Literatura e produção de
texto; conquistou o primeiro lugar no Concurso de Pagode, promovido pela TV
Difusora Canal 4, em 1999, programa Maranhão TV, com a música “Moleque Tantã”,
na categoria melhor música. Em 2016, conquistou o segundo lugar no Festival de
Música Popular Maranhense, promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos do
Estado do Maranhão (SINTSEP/MA), com a música “Estrelas e Fogueiras”. Em 2017,
com a música “Mistérios e Encantos”, conquistou o primeiro lugar na segunda
edição do mesmo festival.
Desde jovem as irmãs faziam músicas em parceria. Ainda hoje,
elas se dedicam ao estudo de teclado e ukulele; vêm compondo e gravando músicas
autorais que combatem as desigualdades e que promovem uma campanha acirrada em
favor dos direitos sociais, principalmente em combate à violência contra a
mulher, também propagam músicas de temática regional e de conteúdo lírico, em
ritmos variados, enaltecendo uma característica marcante em suas produções que
é o caráter dançante. Já gravaram várias músicas com destaque para Penha
Nele, É terno o amor, Marido Aceso, Preconceitos, Vá
cantar de galo, Xote da Caranguejada e A fé no amor virou
feminicídio.
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