Por: Assenção Pessoa
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nesse vai e vem de pensamentos, me inquieto sobre
ser itapecuruense. Itapecuru Mirim cidade
incomparável, modesta, que faz parte da planície Fluvial dos rios Munin,
Pindaré, Mearim, Grajaú e Itapecuru. Mesclada com uma vegetação típica de
babaçu, provocando nesse entrelaçado mágico a sintonia e a perfeição, do seu
banho no rio de mesmo nome, onde brota o sorriso farto das crianças e dos
jovens, o desejo eterno dos amantes, os amores secretos e a calmaria dos que se
embriagam de paixão por essa cidade.
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er
itapecuruense é um estado de espírito, é sentir a vida de uma forma apaixonada,
e ter consciência de que mora em um patrimônio natural abençoado, por Nossa
senhora das Dores. É receber e compartilhar o espírito itapecuruense com todos
que aqui chegam.
er
itapecuruense é se maravilhar com o clarear do dia com este sol, este céu e
rio, infinitamente belo. É curtir a alegria de se reunir com amigos nos finais
de semana, finais de tarde, ou de está com a família a perambular por suas
pracinhas cheias de graça.
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er
itapecuruense é se sentir feliz com o churrasco na calçada, onde o sol beija o
rio o ano inteiro; é se deliciar com os petiscos dos bares com uma loira
estupidamente gelada. É se emocionar com o entardecer e ter a confiança e a fé
de um novo resplandecer no dia vindouro.
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itapecuruense é hospitaleiro, sabe conviver
alegremente com as diferenças sem preconceitos, e apreciar o desfilar de uma
bela mulher sob as calçadas de suas ruas. Em sintonia com as dificuldades e
desafios, transforma seu sofrimento em alegrias e têm a felicidade de ser desta
cidade de tantos Silas Gomes, Juceys Santanas, Beneditos Buzares, Alissons
Rilkets, Josés Santanas, Betos Dinizes, Brennos Bezerras, Gonçalos Amadores,
Marias Sampaios e muitos outros itapecuruenses que encantam a todos com seus
talentos e irreverente alegria contagiante, unindo o erudito e o popular em
suas representações que põe à mostra toda nossa miscigenação nas rodas do
tambor de crioula, nas lendas e mitos, no São Gonçalo, no Reggae, no
Bumba-meu-boi e nas festas do Divino Espírito Santo de nossa cidade e dos seus
povoados, num arco íris magnífico, que proporciona ao povo
brasileiro/maranhense, a sua diversidade como sendo sua maior riqueza e
identidade cultural.
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ançando
meu olhar sobre a cidade também percebo que ser itapecuruense é se lamentar por
suas perdas, como a fonte da miquilina, o morro do Diogo, a quinta velha, a
distorção de sua história destruída pelos novos conjuntos arquitetônicos, a
perda de suas matas e animais nativos, e principalmente de ver um rio que corre
em direção ao mar, mas que agoniza pela falta de cuidado, zelo e amor para com
ele. A própria arquitetura dos prédios que ainda resistem como a Igreja N. S.
Das Dores, a Prefeitura, o Mercado Central, a Casa da Cultura, a Escola Paroquial,
o antigo prédio dos Buzar sofrendo transformações ao longo do tempo e perdendo
sua identidade cultural e histórica.
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lho-te,
Itapecuru, deitado por seus 198 anos de vila e 146 de cidade numa dinâmica
exaustiva de um vaivém que se repete todos os dias, dentre as muitas ações que
teus filhos constroem, através das múltiplas habilidades nas artes, no
comércio, na vida onde todos se transformam em instrumentos de construção e
mudança. Vejo-te, ainda, como berço de pessoas inteligentes, como o nascedouro
de homens e de mulheres ilustres, cujas histórias não estão somente nas
lembranças, nem no passado das pessoas, mas sim, muitas assumiram formas em
livros que narram, desde a 1ª cruz fincada, até o momento oportuno da chegada
de tua ascensão atual que te inclui nas renovações e das inovações necessárias,
dentro dessa globalização que faz as cidades se tornarem uma grande e providencial
exigência no seu crescimento e engrandecimento.
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uando
debruço meu olhar sobre ti, Itapecuru percebo uma mistura de vontades iguais e
diferentes, o que, naturalmente, precisa ser respeitado e trabalhado, sobretudo
se essas vontades dizem respeito ao progresso de que precisas, à valorização
dos munícipes e à qualidade de vida como a maior responsabilidade social que
dispensa quaisquer outros interesses, principalmente, quando estes não são
coletivos.
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tapecuru
Mirim, paraíso das águas do rio Itapecuru, das quebradeiras de coco babaçu,
mulheres guerreiras, assim eu te louvo e te agradeço por ter nascido tua filha
e te descoberto no contemplar de um pôr-do-sol sobre a ponte do rio que faz a
minha cidade dormir, nos meus 50 e poucos anos de idade.
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arabéns
Itapecuru Mirim que sem sombra de dúvidas, por seu povo alegre e hospitaleiro,
com certeza é uma cidade abençoada por Deus.
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