João Francisco Lisboa filho de João Francisco de Melo Lisboa e D.
Gerardes Rita Gonçalves Nina, nasceu no dia 22 de março de 1812 em
Pirapemas, então pertencente á freguesia
de Nossa Senhora das Dores de Itapecuru-Mirim.
Foi jornalista, crítico, historiador, orador e político brasileiro.
Depois do falecimento do pai,
aos quatorze anos, foi morar em São Luís onde trabalhou no
comércio durante dois anos. Depois
passou a dedicar-se aos estudos
sob a orientação de mestres, como
o professor Francisco Sotero dos Reis.
Em 1832 fundou o jornal Brasileiro, cuja publicação interrompeu com
a morte do amigo e cunhado José Cândido. Fez reviver O Farol, assumindo a sua
direção durante dois anos para continuar a pregação doutrinária do seu
fundador.
De 1834 a 1836, dirigiu o Echo do
Norte. Segundo Sebastião Jorge, em seu
livro Os Primeiros Passos da Imprensa no Maranhão, “das páginas do Echo do Norte brotaram artigos famosos, que viriam
consagrar João Lisboa como um dos maiores panfletários da imprensa maranhense
de todos os tempos” (JORGE, 1987).
Retirado de circulação o Echo do Norte, João Lisboa foi trabalhar na
administração pública, durante três
anos, tendo sido eleito deputado provincial por duas legislaturas. O primeiro assento na
Assembleia Provincial do Maranhão, foi por força do Ato Adicional de agosto de 1834.
Na tribuna parlamentar e na imprensa,
Lisboa defendeu princípios da liberdade e interesses do povo. Retirou-se
temporariamente da política, dedicando-se à literatura.
Retomou o jornalismo, assumindo a
direção da Crônica Maranhense, jornal que defendia o Partido Liberal. Na época, João Lisboa já havia adquirido destaque como jornalista, publicitário, político e escritor. A Crônica circulou até
dezembro de 1840.
Em 1842, retorna às lides
jornalísticas, integrando-se ao corpo redacional do jornal Publicador Maranhense.
Com a saúde abalada, em 1851,
afastou-se do jornalismo, e mesmo sem o diploma de advogado, entrega-se à
militância forense, com exercício na comarca de São Luís, onde militou com
brilhantismo no Direito Criminal.
Em 25 de junho de 1852, fundou o Jornal
Timon Maranhense. O periódico circulou até 1858.
Em 1855 mudou-se para
o Rio de Janeiro ocasião e colaborou em dois periódicos: Jornal do Comércio e
Correio Mercantil.
Foi incumbido pelo Governo Imperial
de organizar, em Portugal, documentos e dados sobre História do Brasil, onde também pesquisou a vida do Padre Antônio Vieira,
para uma biografia, que ficou inacabada.
Regressou ao Maranhão permanecendo
por um período de seis meses em 1859. Já
com o estado de saúde precário voltou a Lisboa
falecendo em 26 de abril de
1863, aos 51 anos.
Foram seus contemporâneos: Odorico
Mendes, Sotero dos Reis, Joaquim Serra, Franco de Sá, Luís Carlos Cardoso
Cajueiro, Sousa Andrade, Antônio Henriques Leal, Cândido Mendes de Almeida, César Augusto Marques e José Cândido de
Morais e Silva.
Casou- se em 20 de novembro de 1834, com Violante Luísa da Cunha, irmã de
Mariana Emília da Cunha, esposa do jornalista José Candido de Morais e
Silva. O casal não teve filhos.
Pertenceu ao Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, foi membro correspondente da Real Academia de Ciências
de Lisboa, patrono de cadeiras nas
seguintes Academias de Letras: Academia
Brasileira de Letras, Academia
Maranhense de Letras e Academia
Itapecuruense de Ciências Letras e Artes.
Obras de
João Lisboa
− Jornal de Tímon.
2 vols. (1852-54);
− Obras de João Francisco Lisboa, por Antônio
Henriques Leal. 4 vols. (1864-1865);
− Vida do Padre
Antônio Vieira (inacabada);
− Crônica maranhense,
1969; Crônica política do Império (Jornal de Timon), 1984.
Do livro Itapecuruenses Notáveis, pag. 57, de autoria de
Jucey Santana
Antes de fazer meu comentário, deixo aqui meu email, caso tenha resposta de meu questionamento. ednaldo_ma@hotmail.com.
ResponderExcluirbem, gostaria de ter um pouco mais de detalhes referente a região de origem de João Lisboa, em seu artigo fica claro que ele nascera em Pirapemas, freguesia de nossa senhora das dores de Itapecuru Mirim... a pergunta que eu faço é... qual a fonte pesquisada para chegar nessa afirmação.. Pirapemas não fazia parte da freguesia de nossa senhora da Piedade, do Coroatá? obrigado.
e parabéns pelo trabalho, estou aprendendo muito com seu blog.