quarta-feira, 23 de novembro de 2016

UM ITAPECURUENSE DE CANTANHEDE



João Carlos Pimentel Cantanhede

         O tempo é contínuo, mas a história é cíclica. E assim, tudo aquilo que se forma, transforma-se e pode, como uma fênix, renascer ou revivescer.

         Ao utilizar-me deste breve preâmbulo metafórico, lembro que, simbolicamente, este não é um título a João Carlos Pimentel Cantanhede, e sim, a toda uma família, que surgiu em Itapecuru Mirim, quando o português Faustino Cantanhede adquiriu a sua primeira sesmaria na Ribeira do Itapecuru, há trezentos anos, na localidade que ficaria conhecida, posteriormente, como Terra dos Cantanhedes, e séculos depois, cidade de Cantanhede.

         Da descendência de Faustino Cantanhede nasceram várias figuras notáveis como os Antonio(s): Antonio Berredo (poeta), Antonio Henriques Leal e Francisco Antonio Cantanhede, este último, meu tetravô, era pai de Cláudio Mariano Cantanhede e dono da bela escrava Maria Raimunda, meus trisavós. Quando os primeiros filhos de Cláudio e Maria Raimunda nasceram, constava em suas certidões de batismo que eram escravos de Francisco Antonio Cantanhede, ou seja, eram escravos de seu avô.

         Um dos filhos de Cláudio e Maria Raimunda foi meu bisavô, o capitão Honorato Flaviano Cantanhede, que por sorte, já nasceu beneficiado pela Lei do Ventre Livre. Honorato tornou-se dono de uma imensidão de terras, dentre as quais a ainda existente Fazenda Guaribas, embora já bastante reduzida.

         Sem tentar, aqui, discorrer sobre aspectos meramente genealógicos, cito ainda dos descendentes de Faustino Cantanhede, Florência Cantanhede, aluna de Mariana Luz e primeira prefeita eleita de Cantanhede; sua irmã, Mundicota Cantanhede, foi autora de vários poemas, discursos e cartas/crônicas.

         E finalizando esta pequena amostragem dos Cantanhedes itapecuruenses ou seria itapecuruenses de Cantanhede?! … menciono aqui, o meu pai Raimundo Arcênio Cantanhede, que conforme memória oral de seus contemporâneos, foi um dos melhores vaqueiros da região; destaco também a minha tia-avó Maria Cantanhede, que criou uma escola de primeiras letras na Fazenda Guaribas, na década de 1950; listo ainda a minha tia e madrinha Raimunda Cantanhede, dedicada professora em Itapecuru Mirim. E finalmente, os saudosos José de Ribamar Cantanhede (meu tio) e Cleomar Cantanhede (meu primo), ex-servidores dos Correios em Itapecuru Mirim.

         Dessa forma, encerro agradecendo a Jucey Santana pela iniciativa e empenho, e ao Legislativo municipal por agraciar-me com este título, que, como coloquei no início, é um reconhecimento não somente a mim, mas a toda uma família que nasceu nesta região e ao longo dos séculos tem dado a sua valiosa contribuição para com a história desta cidade nos seus mais diversos aspectos.

Muito obrigado!

6 comentários:

  1. Parabéns, João Carlos Pimentel pelo merecido Título de Cidadão Itapecuruense! Abraços literário: Benedita Azevedo.

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  2. Parabéns, João Carlos Pimentel pelo merecido Título de Cidadão Itapecuruense! Abraços literário: Benedita Azevedo.

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  3. Parabéns João Carlos, merecido Título.
    Abraço.

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  4. Nome do meu pai José de Ribamar cantanhede muita coincidência.

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  5. Eu estou buscando informações sobre minha família. Ainda tenho tias e primos no Maranhão, mas infelizmente ainda não consegui ir conhecê-los. Parabéns pelo título.

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  6. bom dia muita coincidência essa historia gosto muito de sabe do entrepassados, meu avo se chamava Claudio mariano Cantanhede meu pai José Ribamar Cantanhede.

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