João
Carlos Pimentel Cantanhede
O tempo é contínuo, mas
a história é cíclica. E assim, tudo aquilo que se forma, transforma-se e pode,
como uma fênix, renascer ou revivescer.
Ao utilizar-me deste breve preâmbulo
metafórico, lembro que, simbolicamente, este não é um título a João Carlos
Pimentel Cantanhede, e sim, a toda uma família, que surgiu em Itapecuru Mirim,
quando o português Faustino Cantanhede adquiriu a sua primeira sesmaria na
Ribeira do Itapecuru, há trezentos anos, na localidade que ficaria conhecida,
posteriormente, como Terra dos Cantanhedes, e séculos depois, cidade de
Cantanhede.
Da descendência de Faustino Cantanhede
nasceram várias figuras notáveis como os Antonio(s): Antonio Berredo (poeta),
Antonio Henriques Leal e Francisco Antonio Cantanhede, este último, meu
tetravô, era pai de Cláudio Mariano Cantanhede e dono da bela escrava Maria
Raimunda, meus trisavós. Quando os primeiros filhos de Cláudio e Maria Raimunda
nasceram, constava em suas certidões de batismo que eram escravos de Francisco
Antonio Cantanhede, ou seja, eram escravos de seu avô.
Um dos filhos de Cláudio e Maria
Raimunda foi meu bisavô, o capitão Honorato Flaviano Cantanhede, que por sorte,
já nasceu beneficiado pela Lei do Ventre Livre. Honorato tornou-se dono de uma
imensidão de terras, dentre as quais a ainda existente Fazenda Guaribas, embora
já bastante reduzida.
Sem tentar, aqui, discorrer sobre
aspectos meramente genealógicos, cito ainda dos descendentes de Faustino
Cantanhede, Florência Cantanhede, aluna de Mariana Luz e primeira prefeita
eleita de Cantanhede; sua irmã, Mundicota Cantanhede, foi autora de vários
poemas, discursos e cartas/crônicas.
E finalizando esta pequena amostragem
dos Cantanhedes itapecuruenses ou seria itapecuruenses de Cantanhede?! …
menciono aqui, o meu pai Raimundo Arcênio Cantanhede, que conforme memória oral
de seus contemporâneos, foi um dos melhores vaqueiros da região; destaco também
a minha tia-avó Maria Cantanhede, que criou uma escola de primeiras letras na
Fazenda Guaribas, na década de 1950; listo ainda a minha tia e madrinha
Raimunda Cantanhede, dedicada professora em Itapecuru Mirim. E finalmente, os
saudosos José de Ribamar Cantanhede (meu tio) e Cleomar Cantanhede (meu primo),
ex-servidores dos Correios em Itapecuru Mirim.
Dessa forma, encerro agradecendo a
Jucey Santana pela iniciativa e empenho, e ao Legislativo municipal por
agraciar-me com este título, que, como coloquei no início, é um reconhecimento
não somente a mim, mas a toda uma família que nasceu nesta região e ao longo
dos séculos tem dado a sua valiosa contribuição para com a história desta
cidade nos seus mais diversos aspectos.
Parabéns, João Carlos Pimentel pelo merecido Título de Cidadão Itapecuruense! Abraços literário: Benedita Azevedo.
ResponderExcluirParabéns, João Carlos Pimentel pelo merecido Título de Cidadão Itapecuruense! Abraços literário: Benedita Azevedo.
ResponderExcluirParabéns João Carlos, merecido Título.
ResponderExcluirAbraço.
Nome do meu pai José de Ribamar cantanhede muita coincidência.
ResponderExcluirEu estou buscando informações sobre minha família. Ainda tenho tias e primos no Maranhão, mas infelizmente ainda não consegui ir conhecê-los. Parabéns pelo título.
ResponderExcluirbom dia muita coincidência essa historia gosto muito de sabe do entrepassados, meu avo se chamava Claudio mariano Cantanhede meu pai José Ribamar Cantanhede.
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