Por:
Jucey Santana
Itapecuru Mirim se orgulha de ter dado
ao Maranhão uma grande contribuição ao desenvolvimento da imprensa, com vários
representantes ao longo da história. Relacionamos os principais jornalistas
itapecuruenses:
José Cândido de Moraes e Silva (1807-1831)
fundou
em São Luis o Farol Maranhense, (1827 a 1832). Depois do
falecimento deste o seu cunhado João Lisboa, assumiu a direção do Farol Maranhense,
mantendo a característica de oposição ao governo;
João Francisco
Lisboa, (1812-1863),
fundou em 1834 o seu próprio jornal o Echo do Norte, (1834 a 1836). Depois do ingresso na política, João Lisboa
encerrou as atividades do Echo e
passou a fazer parte das equipes redacionais
da Crônica Maranhense (1838 a
1840), e do Publicador Maranhense (1842).
Em 1852 João Lisboa fundou o Timon Maranhense, (1852 a1858);
Luís Carlos Cardoso Cajueiro (1807-1841), na primeira metade do século XIX se destacou na imprensa maranhense, fundando
em 1835, O Cacambo (Vr. abaixo);
Fábio
Alexandrino de Carvalho Reis (1815-1890), fundou em São Luis (MA),
no ano de 1847 o jornal O Progresso;
Antônio
Henriques Leal (1828-1885), além de médico, escritor, biógrafo e político foi muito dedicado ao jornalismo. A partir de 1847
passou a colaborar no jornal O Progresso
e A Conciliação. Foi redator do Publicador Maranhense e figura como um
dos fundadores do jornal A Imprensa. Entre os jornais literários, colaborou com O Arquivo, Jornal de
Instrução e Recreio, Semanário
Maranhense e Revista Universal
Maranhense;
Francisco
Manoel Cardoso no inicio do século vinte, fundou
o jornal Anapurus na cidade de Brejo em 1901 e O Progresso, em Itapecuru Mirim no ano de 1915.
Raimundo
Nonato Coelho Nahuz,
o Zuzu Nahuz,
(1918-1965), pontificou na impressa maranhense
por três décadas. A partir de 1935, com apenas 17 anos, passou a
publicar os seus textos nos seguintes jornais: A Tribuna, A Notícia, Diário do Norte, Pacotilha e o Globo. Em 1946 assumiu a gerencia do
jornal Combate. Também foi redator do Jornal da Tarde. Em 1961 fundou o seu próprio jornal o Correio do Nordeste.
O jornalista itapecuruense escreveu
inúmeras crônicas sobre sua terra natal, que brevemente será transformado em
livro pelos imortais itapecuruenses, Benedito Buzar e Josemar Lima. Mesmo tendo
perdido a visão na infância, Zuzu Nahuz, ditava seus textos ao seu fiel
secretário Alfredo Galvão, tendo se tornado uma lenda no cenário jornalístico
maranhense;
João da Silva Rodrigues
(1901-1973), fundou o jornal A Gazeta
em final de 1935. Um ano depois parou suas atividades por perseguições
políticas. Reabre A Gazeta em 1938,
repaginado com novas seções. Em 1939 encerra definitivamente as atividades com
o estabelecimento do Estado Novo, com novas regras de censura aos meios de
comunicações. Em 1946, João Rodrigues fundou o Jornal Trabalhista, que circulou até 1952 quando João Rodrigues
assumiu a Prefeitura Municipal de Itapecuru Mirim;
Raimundo
Nonato Coelho Neto, o Coelho Neto, (1953-2010), iniciou a carreira como redator do jornal o
Imparcial em 1970. Depois trabalhou na Rádio Ribamar e na Rádio e TV Mirante.
Foi chefe da redação do jornal o Estado do Maranhão durante quatro anos. Em
1983 transferiu-se para a TV Difusora para a função de chefe de reportagens.
Foi produtor e apresentador dos programas “Bom
Dia Maranhão” e “Bom Dia Negócios”. Notabilizou-se na implantação e
coordenação do Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão. O evento atualmente faz parte do calendário da comunicação
maranhense. Merece também registro o esforço do saudoso jornalista Itapecuruense em
instalar em São Luis uma seção da Associação
Brasileira de Imprensa, com o objetivo de congregar os profissionais
maranhenses pelos ideais de uma imprensa
livre, independente. São legados do jornalista itapecuruense Coelho Neto;
. No lapso temporal de 1952 a
1990, entre o jornal O Trabalhista e o
Jornal de Itapecuru, circularam na
cidade vários jornaizinhos mimeografados, como, O Alerta, A Força, O Gigante e a Folha do Estudante, dirigidos pelos professores Nato Lopes, Natinho
Ferraz, João Silveira e
Sebastião Correa Teixeira e outros.
Gonçalo Amador Nonato (1949),
iniciou sua vida profissional como jornalista
em 1976 na Empresa Pacotilha que editava
o jornal O Imparcial. Em 23 de novembro
de 1990 fundou o Jornal de Itapecuru.
Mesmo com as dificuldades próprias do negócio, fez circular o jornal, sem
interrupção durante 25 anos, se tornando o mais longevo da região. Gonçalo
Amador faz um jornalismo sério, com informações
isentas de tendência partidária, religiosa ou filosófica, contribuindo para o
desenvolvimento da região;
Benedito Bogea Buzar
(1938), iniciou a carreira jornalística
no Jornal do Dia, tendo sido colaborador de diversos jornais, como: O Imparcial, O Jornal, O Debate, O
Estado do Maranhão e Jornal de Itapecuru e das revista, Garota de São Luis,
Projeção, Impacto e Legenda. Foi ainda produtor e apresentador do programa Maré
Alta da TV Ribamar;
Vale citar a nova geração de
brilhantes jornalistas que despontam no
cenário itapecuruense como Brenno Bezerra,
Alberto Pereira Martins
Júnior, Raimundo Lobo Castro Filho e
Tiago Negreiros, que me perdoem se esqueci de alguns.
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