Por: Jucey Santana Artista: Flávio Abreu
Luis Gonzaga Bandeira de Melo, itapecuruense, filho de Boaventura Catão Bandeira de Melo e Benedita Francisca Bandeira de Melo, nasceu em 14 de fevereiro de 1915, no Engenho Laranjeira, propriedade dos Bandeira de Melo, atualmente assentamento “Conceição Rosa”, e faleceu no dia 6 de setembro de 1986.
Luis Gonzaga Bandeira de Melo, itapecuruense, filho de Boaventura Catão Bandeira de Melo e Benedita Francisca Bandeira de Melo, nasceu em 14 de fevereiro de 1915, no Engenho Laranjeira, propriedade dos Bandeira de Melo, atualmente assentamento “Conceição Rosa”, e faleceu no dia 6 de setembro de 1986.
Estudou no Instituto Rio Branco fundado pelo professor
Newton Neves, em 1926. Nos anos 40 chegou a ser professor do Instituto, quando
o mesmo era dirigido pelo professor João Rodrigues. Inteligente e
dinâmico, estudou em São Luís, Noções de Direito se tornando-se excelente advogado provisionado, atuante nas lides em
defesa dos conterrâneos, tendo se inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil
–OAB Seção do Maranhão, em 4 de julho de 1970 como advogado provisionado, recebendo o número 96 da Ordem, com
autorização para exercer a advocacia nas
comarcas de Itapecuru Mirim e Vitória do Mearim e seus respectivos termos.
Foi
prefeito da cidade de Itapecuru Mirim em 1951, por um período de dois meses e
meio quando renunciou porque a cidade estava passando por um período conturbado
na política. (Vr. João Rodrigues).
Nomeado em 1956 como coletor da Exatoria Estadual da cidade de Cantanhede, onde também foi professor e
criou a festa da Cruz, ao molde da festa de Itapecuru Mirim. Segundo Abraão Teixeira no livro Cantanhede,
sua gente e sua história (2002), Luis Bandeira “realizava a festa da
Santa Cruz, na Rua da Cruz, com inicio a 24 de agosto, e em 1º de setembro acontecia o festejo”.
Luis Bandeira teve uma importante atuação política e
social em Itapecuru Mirim. Foi secretário de Educação de Itapecuru Mirim em
1979, diretor da Escola Mariana Luz, criou a bandeira municipal em 1978, foi coautor
do hino itapecuruense (Vr. Sebastião Pinto).
Luis Bandeira foi incansável estudioso do Espiritismo,
sendo muito influenciado pelo amigo e seguidor da doutrina, Juvenal Nascimento.
As reuniões dos seguidores da doutrina de cunho filosófico-religioso eram
realizadas nas casas dos médiuns ou simpatizantes. Em 27 de junho de 1976 foi
inaugurada a sede própria do Centro Espírita Amor e Caridade, sendo Luis Bandeira presidente. Os outros membros
da diretoria foram os seguintes: Sisto Amorim de Sousa, Graciete Cassas e
Silva, Maria de Nazaré Coelho, José do Carmo Nogueira e João da Cruz Silveira.
Na ocasião foi lançado o livro “Rosália” de autoria de Luis Bandeira, em
homenagem a professora e poetisa Rosália
tia do autor. Sobre o livro, o trovador Juvenal Nascimento assim se manifesta:
“aglomerado de ensinamentos que vamos encontrar, ao
explorar o lastro de intuições aqui registradas e os florescentes
esclarecimentos postos a serviço do ser humano, no campo da espiritualidade.
(...) mensagem humana e espiritual que meu amigo Luis Gonzaga Bandeira de Melo
nos transmite através de seu romance”,
Luis Bandeira foi poeta, escritor, compositor, cronista e orador fluente.
Escreveu várias peças teatrais e inúmeros poemas, tais como: Ser Espírita, Até
Breve, Adivinhação, A Humildade, Homenagem as Mães, Ser Pai, A Criação, e
Acusação e Remorso. Elaborou uma apostila sobre a História de Itapecuru Mirim
que era aplicada nas escolas. Também colaborou no jornal Trabalhista, de João
Rodrigues nos anos 40 Foi um apaixonado
pela sua terra natal.
Casou-se com Maria José Bezerra, com quem teve 5 filhos.
Ficando viúvo, contraiu segundas núpcias com a senhora Maria Ferreira Bandeira
de Melo, com a qual veio a ter, mas nove filhos, perfazendo um total de 14.
O ilustre itapecuruense teve seu mérito reconhecido,
sendo escolhido para patronear a Cadeira nº 14 da Academia Itapecuruense de
Ciências, Letras e Artes – AICLA.
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