sábado, 19 de dezembro de 2015

LUIS BANDEIRA DE MELO



Por: Jucey Santana                                                                     Artista: Flávio Abreu
        Luis Gonzaga Bandeira de Melo, itapecuruense, filho de Boaventura Catão Bandeira de Melo e Benedita Francisca Bandeira de Melo, nasceu em 14 de fevereiro de 1915, no Engenho Laranjeira, propriedade dos Bandeira de Melo, atualmente assentamento “Conceição Rosa”, e faleceu no dia 6 de setembro de 1986.
Estudou no Instituto Rio Branco fundado pelo professor Newton Neves, em 1926. Nos anos 40 chegou a ser professor do Instituto, quando o mesmo era dirigido pelo professor João Rodrigues.  Inteligente e dinâmico,  estudou  em São Luís, Noções de Direito  se tornando-se excelente  advogado provisionado, atuante nas lides em defesa dos  conterrâneos, tendo se inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil –OAB   Seção do Maranhão,  em 4 de julho de 1970 como  advogado provisionado,  recebendo o número 96 da Ordem, com autorização para exercer a advocacia  nas comarcas de Itapecuru Mirim e Vitória do Mearim e seus respectivos termos.
            Foi prefeito da cidade de Itapecuru Mirim em 1951, por um período de dois meses e meio quando renunciou porque a cidade estava passando por um período conturbado na política. (Vr. João Rodrigues).   Nomeado em 1956 como coletor da Exatoria Estadual da cidade de Cantanhede, onde também foi professor e criou a festa da Cruz, ao molde da festa de Itapecuru Mirim.  Segundo Abraão Teixeira no livro Cantanhede, sua gente e sua história (2002), Luis Bandeira “realizava a festa da Santa Cruz, na Rua da Cruz, com inicio a 24 de agosto, e em 1º  de setembro acontecia o festejo”. 
Luis Bandeira teve uma importante atuação política e social em Itapecuru Mirim. Foi secretário de Educação de Itapecuru Mirim em 1979, diretor da Escola Mariana Luz, criou a bandeira municipal em 1978, foi coautor do hino itapecuruense (Vr. Sebastião Pinto).
Luis Bandeira foi incansável estudioso do Espiritismo, sendo muito influenciado pelo amigo e seguidor da doutrina, Juvenal Nascimento. As reuniões dos seguidores da doutrina de cunho filosófico-religioso eram realizadas nas casas dos médiuns ou simpatizantes. Em 27 de junho de 1976 foi inaugurada a sede própria do Centro Espírita Amor e Caridade, sendo Luis Bandeira presidente. Os outros membros da diretoria foram os seguintes: Sisto Amorim de Sousa, Graciete Cassas e Silva, Maria de Nazaré Coelho, José do Carmo Nogueira e João da Cruz Silveira. Na ocasião foi lançado o livro “Rosália” de autoria de Luis Bandeira, em homenagem  a professora e poetisa Rosália tia do autor. Sobre o livro, o trovador Juvenal Nascimento assim se manifesta:
“aglomerado de ensinamentos que vamos encontrar, ao explorar o lastro de intuições aqui registradas e os florescentes esclarecimentos postos a serviço do ser humano, no campo da espiritualidade. (...) mensagem humana e espiritual que meu amigo Luis Gonzaga Bandeira de Melo nos transmite através de seu romance”,
Luis Bandeira foi poeta, escritor,  compositor, cronista e orador fluente. Escreveu várias peças teatrais e inúmeros poemas, tais como: Ser Espírita, Até Breve, Adivinhação, A Humildade, Homenagem as Mães, Ser Pai, A Criação, e Acusação e Remorso. Elaborou uma apostila sobre a História de Itapecuru Mirim que era aplicada nas escolas. Também colaborou no jornal Trabalhista, de João Rodrigues nos anos 40  Foi um apaixonado pela sua terra natal.
Casou-se com Maria José Bezerra, com quem teve 5 filhos. Ficando viúvo, contraiu segundas núpcias com a senhora Maria Ferreira Bandeira de Melo, com a qual veio a ter, mas nove filhos, perfazendo um total de 14.
O ilustre itapecuruense teve seu mérito reconhecido, sendo escolhido para patronear a Cadeira nº 14 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA.

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