quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

SOLIDÃO



Por: Nato Lopes

A mente fraca e desprotegida
Sem os tons fortes do meio-dia
Reflete a alma, tênue, ardida,
Da primavera sem alegria.

Os dedos magros, mão que escrevia
Os sons da carta “Minha querida...”
Já não conservam a harmonia
Do verdejante raiar da vida.

É o poente que paulatino.
Chega traquino tal qual menino
Mostrando o efeito – realidade
A solidão é um cão feroz.

Arde no peito, tormento atroz
Misto de dor e de saudade.


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