Por Jucey Santana:
Alguns dias atrás dois adolescentes, brincando
de mergulho, procurando objetos abandonados nas proximidades do antigo
Restaurante Flutuante, localizaram uma preciosa relíquia. Trata-se dos restos
de um barco de época incerta que tem chamado a atenção dos moradores como um
acontecimento ímpar.
As especulações em torno dos destroços são
muitas. No local surge os espertalhões e inescrupulosos querendo tirar
vantagens pessoais e financeiras. Segundo os garotos apareceu um senhor que
ofereceu dinheiro para que os mesmos conseguissem retirar o que pudessem. Foi
feita então um mutirão com mais de dez homens na operação de resgate dos
destroços, todos interessados nas vantagens financeiras. Poucos objetos foram
retirados em virtude do barco estar muito enterrado. A enorme ancora encontrada
foi levada pelo desconhecido.
Alguns Membros da Academia Itapecuruense de
Ciências, Letras e Artes, foram avisados por Cambeba, Evandro Borges e outros
quando interessados da cultura a respeito do achado e formaram uma comissão
composta por Jucey Santana, Assenção Pessoa, Tiago Oliveira, Breno Bezerra e
José Paulo Lopes, que foram ouvido pelo promotor público em exercício Benedito
Coroba, também membro da AICLA, para estudar a melhor maneira do resgate do
material encontrado, que servirá para pesquisa cultural, já que que por séculos
o Rio Itapecuru foi o único meio de transporte para a região. Depois das
decisões tomadas na Promotoria, foram recebidos pelo capitão Patrício do corpo
de bombeiros aqui de Itapecuru que deu ciência da falta de equipamentos de
mergulho para o estudo da área, tendo solicitado ajuda a guarnição superior da
capital São Luis.
Trata-se de um achado histórico e único.
Possivelmente um barco a vapor de pequeno porte, que transportava materiais de
construção ou simplesmente passageiros, levando a crer que tenha sido da
primeira metade do século XX (vinte), pelo fato de ter sido encontrado uma
telha fabricada em Angra dos Reis localizado no Rio de Janeiro.
Como as primeiras olarias que se tem notícias
em Itapecuru-Mirim datam do início dos Anos 40, na Gestão de Thiago Bernardo de
Matos em seu plano de urbanização da cidade, que mandou vir oleiros de Rosário
e da baixada para ensinar os Itapecuruenses fabricar telhas e tijolos, antes
dessa época as telhas para cobrir as casas dos ricos, das estações de trem (de
Itapecuru e Kelru) e até da fábrica de álcool vieram de fora.
Esperamos que uma equipe de especialistas
atendam ao apelo da Promotoria e venha desvendar o enigma para posterior estudo
da origem da embarcação e da época, já que não se tem notícia nenhuma de
naufrágio.
O Agente Cultural Willame Paixão de posse de alguns objetos do
barco, expôs na Casa da Cultura Professor João Silveira.
Amiga e confreira Jucey Santanam permita-me acrescentar uma informação, O primeiro registro de produção cerâmica em escala industrial na cidade de Itapecuru está no Almanak Adminsitrativo, Mercantil e Industrial do Maranhão no ano de 1860. A página 242 do dito revela que foi do capitão José Maximiano Cardoso, lavrador, o pioneirismo ceramista itapecuruense e que o marco inicial deu-se no povoado Guanaré, na então vila do Itapecuru Mirim (arquivo da Biblioteca Nacional).
ResponderExcluirAmigo confrade Alberto Júnior, fiz algumas considerações sobre a cerâmica de Guanaré na página do Facebook "Nossa Bela Itapecuru". Agradeço bastante a sua contribuição, que nos enriquece dia a dia. O blogger é nosso, você pode dispor a qualquer momento. Um grande abraço
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