Por: Jucey Santana
Fotos de Tiago Oliveira
Algumas
pessoas me pediram informações de Luís Antônio. Quem foi ele? Existe uma Rua
Luís Antônio, até um mini bairro identificado com esse nome, e aí a
interrogação.
E
aí me veio as lembranças de infância no Caminho Grande, o antigo Caminho da
Boiada. Gostava dos banhos nos diversos
riachos das redondezas. Eram comuns as escapadas com meus irmãos José Domingos
e Jurandir, para os banhos nas cheias do riacho “Luís Antônio”, (hoje apenas
uma galeria) e depois sofrer as medidas coercitivas de praxe, acompanhadas dos
resfriados e ter que enfrentar chás e lambedores, além das famosas frieiras
adquiridas nos percursos dos banhos, trânsitos livres de porcos e
consequentemente as suas fezes, focos das transmissões das micoses, causadoras
de grandes desconfortos à noite. Ter que perder aulas porque não conseguia
calçar sapatos e escutar a todo o momento o blá, blá, blá da mãe. Não te
disse???
O porquê do
nome Luís Antônio no igarapé era interessante. A sua história me atraia pela
riqueza do imaginário popular. Contavam que o riacho era guardado por mãe
d’água e entidades do além, por ter um “tesouro” enterrado em suas margens. Um
caboclo muito querido, do lugarejo Pau Nascido chamado Luís Antônio foi
encontrado morto no seu leito, na década de 30. Tempos depois ocorre outro
óbito nas mesmas circunstancias, desta vez do popular Manduca Cesteiro, dando
asas à imaginação dos habitantes, que
diziam que os “donos” do lugar se sentiam incomodados e estavam punindo os seus
invasores. Todos conheciam a história.
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