MUSICISTAS
DE ITAPECURU MIRIM
Por:
Jucey Santana
Itapecuru Mirim sempre foi
celeiro de intelectuais, como mostra a nossa história. No campo musical, o
município deu a mundo centenas de músicos e instrumentistas alguns com renomes
nacionais como Nonato e seu Conjunto, Sebastião Pinto, Nonato Buzar e outros,
porém não só de homens foi feita nossa história musical. Muitas mulheres
itapecuruenses também se destacaram como musicistas, valorosas que precisamos
resgatar.
Tivemos
noticia que uma Itapecuruense, filha do ilustre professor e lexicólogo, Pedro
Nunes Leal, fundador da renomada
escola, “Instituto de Humanidades” em São Luís, (patrono da cadeira 33, da
Academia Maranhense de Letras), seguiu os passos do pai na
inteligência, se tornando grande musicista. Em 1875, aos vinte anos de idade Zenóbia Cezaltina de Carvalho Leal requereu
prestar exames no Real Conservatório de Lisboa, perante grande número de
examinadores obtendo grau máximo em todas as cadeiras, recebendo distinção
honrosa do Rei Dom Fernando II. (Diário
do Maranhão, 20.12.1875)
Duas outras
itapecuruenses se destacaram: Genésia
Maria Santos e Blandina Eloe Santos,
filhas do também músico conterrâneo, Antônio Marcelino dos Santos. A família
mudou-se para São Luís no final do século dezenove e as irmãs além colarem grau
como normalistas se formaram em música na renomada Escola de Música do mestre
Antônio Rayol, na capital.
A
professora e poetisa, Blandina
tocava piano e Harmônio, fazia parte da orquestra dos irmãos
Parga e da orquestra do conhecido músico Adelman Correia, participando de
Festivais e Concertos em São Luís e em outros Estados. (jornal do Pará, 26.1.1908).
A poetisa Mariana Luz como musicista, tocava
e ensinava flauta e harmônio. Era também cantora, compositora e mestra do coro
da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores além de teatróloga e professora.
A professora Zulmira Fonseca, cantava, tocava e ensinava piano. Ela também fazia
parte do grupo teatral de Mariana Luz.
Rosinalda
de Maria Carvalho, desde criança já se envolvia com grupos
musicais, cantando nas missas da paróquia. A partir de 14 anos, participava de
grupos em encenações de peças teatrais, sempre desempenhando papel de musicista
ou cantora. Já com muito envolvimento
com a igreja, seguiu a vida religiosa. O seu primeiro violão foi presente da
sua superiora irmã Lisabeta Savalle. Ela abraçou a sua vocação religiosa, sem
se desvincular do seu dom musical, evangelizando através da música. Até agora
já contabiliza oito CDs gravados. Esta é a nossa Irmã Teresa.
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