Por: Mauro Rego
A
nação brasileira está sendo olhada pela comunidade internacional com certo
espanto, eis que dia a dia fica evidente que os verdadeiros mandantes desta
terra de Santa Cruz são os rotulados pela corrupção, pelo enriquecimento
ilícito, pelo descaso para com a dignidade do povo. Estes, dotados de um poder
de persuasão alicerçado na pobreza, na desinformação e na educação precária que
vitimou a maioria do povo, valem-se de suas próprias maldades para continuar no
Poder.
É
dramática a situação da maioria dos municípios de pequeno porte, cujos recursos
são, na quase totalidade, oriundos do Fundo de Participação. É interessante se
observar o montante desses recursos. O que muitos não sabem é que cerca de 50%
ou mais desse dinheiro ficam bloqueados parta pagamento de dívidas com o INSS e
o FGTS, acumuladas pela má gestão de administrações anteriores que
irresponsavelmente deixaram de pagar essas obrigações sociais. A combalida
Previdência Social brasileira, cujo déficit já é difícil controlar, procura
reaver esses valores devidamente corrigidos, o que compromete parte
considerável dessas receitas.
Mas
muitos desses políticos que levaram os municípios a essa situação de quase
mendicância, satisfeitos com as dificuldades por que passam administradores bem
intencionados, continuam minando a consciência coletiva como se fossem os
salvadores da pátria, acusando-os de inoperantes perante os pobres que não têm
consciência de que as dificuldades de agora são consequência das más
administrações antecedentes.
As
promessas de compensações financeiras para aqueles que, com uma certa liderança
continuam “donos” do voto popular, continuam criando e fazendo renascer mitos
milenares que surgem em razão da revolta popular e como forma de protesto. Na
Idade Antiga, um cavalo foi eleito senador. Na história de nossa República, o
hipopótamo Cacareco, da cidade do Recife, mereceu significativa votação para
vereador. É esse mesmo fenômeno que fez do cacique Juruna Deputado Federal e
que repete a história com a eleição do Severino para a Presidência da Câmara,
ambos eleitos pelo voto de protesto, mostrando a sociedade que só o “incrível”
pode demonstrar a insatisfação diante daquilo cuja mudança é difícil.
Quantos
outros severinos sorriem de suas vitórias, conseguidas em situação as mais esdrúxulas,
mas que constituem motivo de euforia para uma população desesperançada. Desinformada
e carente, dopada pela verbosidade criminosa daqueles que se beneficiam da
miséria e da necessidade do povo.
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