terça-feira, 12 de maio de 2020

MÃE ETERNIDADE

                                   *Fátima Travassos 

Mãe, ao tempo em que
Nas horas de angústia
Chamar por ti
Soava como melodia
Na poesia.
Hoje, sem a tua presença
Sinto a dor daquela partida
Quando pela última vez
Sofrida
Chamei por ti, mamãe!

Mãe eternidade
Agora ouço vozes
Chamando-me de mãe
Aflita, corro
Como tu corrias, Mãe
Ao encontro de tua filha querida.

Mãe, tu partiste tão cedo
Quando dei conta de mim
Já não existia.

Mas conforta-me saber
Que o tempo em que viveste comigo, mãe
Plantaste todo bem que sou.

Ah mãe!
É grande a dor da Saudade
Às vezes, vou ao teu encontro
Porém não mais te encontro.

O plano de Deus
Te levou aos céus,
E eu, aqui, na terra,
Frágil pela tua ausência
Ponho-me a chorar.

Choro por sentir saudades
Choro por não poder
Te chamar, mamãe.

Choro pela falta daquela
Companhia amiga
Choro por não poder mais
Brincar contigo
Com respeito, admiração,
Muito carinho, amor e gratidão.

A tua face, teu corpo, teu cheiro
Ainda vive comigo
Presente estás em minha vida
Porque eterna és tu, mãe! 





*Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro é presidente e membro fundador da Academia Vianense de Letras – AVL; é membro correspondente da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA; é membro da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão e da Academia Norte Americana de Literatura Moderna; é Procuradora de Justiça e exerceu o cargo de Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Maranhão; publicou a obra jurídica Audiência Preliminar no Procedimento Comum Ordinário  e poesias e artigos em revistas e jornais; prefaciou publicações e é conferencista e palestrante. Participou do  Púcaro Literário I (2017) e Púcaro II (2018).

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