– Corre mamãe, que os meninos estão
beliscando os bolos!!! – gritaram Bidica e Biluca. Quando Tinoca apareceu na
porta da cozinha, os daniscos já haviam desaparecido pelo fundo do quintal
dela.
Tinoca era uma exímia fazedora de bolos em
Cantanhede. Toda sexta-feira à tarde, ela fazia bolos de massa para Bidica e
Biluca venderem no sábado, bem cedinho. Os bolos eram deixados para esfriar numa
cozinha que ficava no quintal, separada do resto da casa.
Naquela tarde, Tinoca fez os bolos e
foi descansar um pouco dentro de casa quando alguns garotos travessos
apareceram e começaram a beliscar os bolos, parecia um bando de pipiras comendo
mamão. Mas, deixa que Bidica e Biluca ouviram o barulho deles no quintal e
chamaram Tinoca. Elas foram ver os bolos e os encontraram todos
beliscados.
– Mamãe, nós sabemos quem são eles! –
disseram as meninas.
–
Então, minhas filhas, vamos já na casa deles conversar os seus pais e pedir que
me paguem o prejuízo! – falou Tinoca.
E assim, saíram as três com os bolos
beliscados de casa em casa dos meninos daniscos. Tinoca contava o acontecido e
os pais sensibilizados com a situação dela, que dependia da venda dos bolos
para ajudar no sustento da casa lhe perguntavam:
– Dona Tinoca, quanto é que lhe devo pelo
bolo? – ela respondia e eles prontamente pagavam. Alguns dos moleques
reclamavam, dizendo que não haviam comido um bolo inteiro, só uma bilasquinha.
Desse modo, com a compreensão dos pais dos
garotos, ela conseguiu se livrar do prejuízo. E a partir daquele dia, aqueles travessos
nunca mais apareceram para beliscar bolo no quintal de Tinoca, mas por
precaução, Bidica e Biluca ficavam sempre vigiando.
Muito bom
ResponderExcluirObrigado Jucey!
ExcluirParabéns ao João Carlos Pimentel, pelo criativo conto. Um abraço: Benedita Azevedo
ResponderExcluirObrigado Benedita pelo generoso comentário. abraços, JC
Excluir...essas leituras sempre me levam à reflexões dos tempos de infância, quando as "travessuras" eram apenas brincadeiras dos "curumins"...! Parabéns JC
ResponderExcluirObrigado Janio.
ResponderExcluirabraços, JC
Muito bom mano; gosto de todos os seus contos, mas, esse em especial por se tratar de minha avó Tinoca, com quem morei por alguns anos.
ResponderExcluir