Por: Nato Lopes
Nestas noites nostálgicas de lua.
Eu caminhado só – de madrugada
Encontro sempre um cão de rua em rua
A virar lata em tão bela jogada
Assim tão só – na dura vida a sua
Não falta quem lhe atire uma pedrada
E o pobre cão humilde continua
Até que prega olho na calçada
Ao vê-lo assim em cruento abandono
Tão desprezado sem ninguém nem dono
Sinto afeto pelo cão vagabundo
Porque também vivo desde menino
Recebendo as pedradas do destino
Ao virar a grande lata do mundo
Texto do livro
inédito, Inspirações de Poetas itapecuruenses”.
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