segunda-feira, 8 de junho de 2020

SONHO DE SERTANEJO


         *Gracilene Pinto

  O sertão é coisa linda de se ver...

  Ali manifesta a natureza

  O seu encanto e também uma grandeza

  Que o resto do mundo não conhece.

  Mesmo cantando acauã no entardecer

  O nordestino com toda confiança

  Eleva ainda aos céus sua esperança

  Na humildade simples de uma prece.

  E, quando enfim anoitece

  E a lua prateada

  Banha a terra ressecada

  De uma brancura infinita,

  Olhando o céu ele esquece

  De toda dificuldade

  E sonha a felicidade

  De uma vida mais bonita

  Quando a manhã venturosa

  Com a força da invernada

  Traga a abençoada

  Chuva a molhar o sertão,

  Pra ver a relva cheirosa,

  A vegetação orvalhada,

  E a voar sobre a galhada

  Periquito e arribação.

 
*Gracilene  do Rosário Pinto Pereira   Graduada em  Direito e História, é poeta, pesquisadora,  compositora, escritora e roteirista, com onze livros escritos; 01 roteiro para cinema “Vidas Profanas” (parceria literária com  o escritor José Eulálio Figueiredo de Almeida);  sete peças teatrais: “Promessas de Campanha”, “Tilde e a Trilha do Milagre”, “Alzeimer, doença ou consequência?” (montada pelo Centro de Artes Cênicas do Ceuma), “Casamento é muito bão” “Filhos das Estrelas no Jardim de Allah” (musical), “O Quarto Marido” (Troféu Reynaldo Faray no Festival Maranhão de Teatro-out/2004, com a Companhia Popular Teatral direção de Afonso Barros e Gracilene Pinto,  (2006) com temporadas nos teatros João do Vale e Alcione Nazaré, e finalmente, Vidas Profanas, roteiro tragicômico em parceria com José Eulálio Figueiredo de Almeida.

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